Rigotto lança 27ª Expointer apostando em sucesso maior que em 2003
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O lançamento da 27ª edição da Expointer pelo governador Germano Rigotto, hoje (27), em café da manhã no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, foi marcado pelo entusiasmo com os indicadores de crescimento da feira. A começar pelos recursos para investimentos em melhorias no Parque Assis Brasil, em Esteio, que chegam a R$ 3 milhões, graças à participação da iniciativa privada, os números já disponíveis da mostra justificam o otimismo. Estão inscritos 5.982 animais, entre 169 raças. Na edição anterior, quando foram registrados recordes de desempenho em todos os itens, foram expostos 4.537 animais. A quantidade de ovinos que vão participar agora, por exemplo, será 21,41% maior em comparação com o ano passado. Nosso governo atribui enorme significado ao evento. Existem nele quatro dimensões - técnica, comercial, festiva e cultural - e em todas elas a Expointer se firma como episódio magno para o povo do Rio Grande do Sul, disse Rigotto, apostando em resultados ainda melhores neste ano. À prefeita de Esteio, Sandra Beatriz Silveira, o governador agradeceu pela parceria. Para incentivar o incremento de negócios, o Banrisul está colocando à disposição duas linhas de crédito, uma para aquisição de máquinas e implementos agrícolas, com dotação de R$ 60 milhões, e outra para compra de animais, de R$ 5 milhões. Poderão se beneficiar produtores, empresas e cooperativas rurais. Os prazos de parcelamento, no caso do crédito para máquinas e implementos, vão de cinco a oito anos. No financiamento para compra de animais, são oferecidas duas modalidades: pagamento da primeira prestação no 12º mês, mais seis parcelas bimestrais, se for para aquisição de bovinos de leite, e vencimento da primeira no 12º mês e liquidação do saldo no 24º mês, se for para compra de bovinos de corte, bubalinos, ovinos, suínos, caprinos e outros. Implementos A busca de recursos da iniciativa privada para investimentos no Parque Assis Brasil foi viabilizada por licitação organizada com a participação da Secretaria de Obras Públicas e Saneamento. Com os patrocínios obtidos, o Governo do Estado pôde investir na remodelação do complexo de 141 hectares do Parque Assis Brasil, aplicando recursos, entre outros melhoramentos, na reforma e construção de sanitários, na restauração de alojamentos, pavilhões e telhados, e em obras de esgoto e pavimentação. Serão feitas melhorias também na rede de energia elétrica. O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul (Simers) destinou R$ 1 milhão na pavimentação de ruas e na construção de um estacionamento. Não haverá dinheiro arrecadado nesta Expointer que não seja para aplicação no parque, disse o secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein. A exemplo dos expositores de animais - que em 2003 comercializaram R$ 4,729 milhões -, os empresários do setor de máquinas e implementos também estão confiantes em resultados superiores em 2004. Ao ressaltar que o número de expositores do setor será 20% maior nesta edição da Expointer, o presidente do Simers, Cláudio Afonso Bier, observou que empreendedores paulistas, que há mais de dez anos não expunham na feira, estão retornando, pelo interesse cada vez maior que ela desperta. Aumentamos a área para a mostra e, assim mesmo, há fila de espera, disse Bier. É bom sabermos que, a cada ano, aumenta o volume de negócios realizados com a venda de máquinas e implementos. No ano passado, foram negociados R$ 216 milhões por esse segmento do agronegócio, o que significa aumento de qualidade, de produtividade e, o que é mais importante, decisão de investir. Vale o mesmo para a comercialização de animais, afirmou Rigotto. Lembrando que 2 milhões de gaúchos vivem no campo, o governador enfatizou que a força de trabalho rural do Rio Grande do Sul é composta por 1,4 milhão de trabalhadores, distribuídos em 430 mil estabelecimentos dos mais variados portes. Dessa conjugação da terra com o trabalho humano, originam-se quase 40% do PIB estadual, destacou. Para Rigotto, nem mesmo a quebra de safra em conseqüência da estiagem que castigou a lavoura neste ano poderá prejudicar a Expointer. O Rio Grande do Sul sempre dá exemplo de superação de dificuldades, disse. Apoio O apoio do Governo Rigotto ao setor primário e à Expointer foi salientado por diversos participantes do lançamento da feira, entre os quais o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, que chamou atenção para o empenho do governador para implantação de uma unidade sanitária na Região Sul, para estimular a expansão do mercado de carne. Ao agradecer a Rigotto pelo que o Estado tem feito em benefício da agricultura familiar, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Ezídio Pinheiro, destacou que o Rio Grande do Sul serve de modelo a outros estados neste segmento. A agricultura familiar também aposta em competitividade e em tecnologia, disse. Participam da Expointer 2004 150 pequenos produtores. Para o presidente da Febrac, José Paulo Cairoli, graças ao diálogo com Rigotto e com as secretarias da Agricultura e Abastecimento e Obras Públicas e Saneamento, antigas reivindicações de produtores sobre melhorias no Parque Assis Brasil têm sido satisfeitas. Pedidos feitos em outubro já foram atendidos, o que demonstra coragem do governador de inovar, afirmou. Representando o governo federal, o delegado do Ministério da Agricultura, Francisco Signor, observou que o agronegócio foi o setor mais perseverante contra adversidades nos últimos tempos e que a Expointer constitui-se no maior evento do agronegócio no Brasil. Se depender do Rio Grande do Sul, e do Governo do Estado, o agronegócio continuará sendo a locomotiva da economia brasileira, disse ele. Falou também o presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vicente Bogo, recordando as origens do cooperativismo no Estado, idealizado por colonizações rurais a partir de 1902. Conforme ressaltou, o cooperativismo continua sendo um esteio de desenvolvimento agrícola e contribui expressivamente com a economia do Rio Grande do Sul. Participaram do lançamento da Expointer 2004 representantes e dirigentes de entidades do setor agropecuário, secretários de Estado, dirigentes de órgãos e autarquias estaduais, deputados, empresários do agronegócio e jornalistas. O Hino Nacional, na abertura da solenidade, e o Hino Rio-Grandense, no encerramento, foram interpretados pelo músico e presidente do Instituto Gaúcho de Tradições e Folclore (IGTF), Luís Carlos Borges.