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Rigotto solicita ao governo federal crédito para capital de giro ao agronegócio

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20060517184124ia0605171600-01a.jpg - Foto: Ivan de Andrade / Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto solicitou à ministra Dilma Rousseff, hoje (17) à tarde, por telefone, uma linha de crédito para capital de giro às indústrias de implementos agrícolas, a exemplo do que foi anunciado nesta quinta-feira para o setor calçadista do Rio Grande do Sul, que terá financiamento de R$ 400 milhões, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A conversa com a ministra ocorreu durante audiência concedida à direção da Semeato - fabricante de equipamentos agrícolas em Passo Fundo há 41 anos -, que expôs ao governador dificuldades que vem sofrendo em conseqüência da supervalorização do real frente ao dólar. Os dirigentes da empresa reivindicaram ainda redução da alíquota de ICMS para implementos agrícolas, o que deve ser avaliado pela Secretaria da Fazenda, a pedido do governador. Colheitadeiras e tratores, conforme explicou Rigotto, são isentos do imposto. De parte do Banrisul, a Semeato pode obter uma carta de crédito no valor aproximado de R$ 1 milhão, para investimento em exportações. Ontem, junto com outros oito governadores, Rigotto entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, um documento em que são apontados os prejuízos acarretados ao agronegócio pela excessiva valorização artificial do real e solicitadas medidas para equilibrar o setor. O texto discorreu também sobre os efeitos da crise em outros segmentos da economia e o quanto ela vem afetando as exportações. O Rio Grande sente impacto maior porque fabrica 60% das máquinas e implementos agrícolas produzidos no Brasil. Expus ao presidente que, se o câmbio se mantiver como está, o produtor rural vai continuar empobrecendo, se endividando e sem poder comprar máquinas. Isso significa problema financeiro para as indústrias e desemprego. Deve-se ter ou mudança na política cambial, ou medidas estruturantes profundas para a agricultura, como financiamento a longo prazo e a custo baixo e rediscussão de dívidas passadas, entre várias outras, que deverão estar incluídas no pacote que o governo federal prometeu anunciar no próximo dia 25. O próprio presidente reconhece que as iniciativas adotadas até aqui foram apenas paliativas, disse o governador. O diretor financeiro da Semeato, Fábio Hyachida, considerou positiva a reunião com o governador e afirmou que a empresa não deve demitir funcionários neste primeiro momento. A Semeato emprega atualmente mais de duas mil pessoas. Hyachida também elogiou o empenho que vem sendo demonstrado pelo governador gaúcho em favor da agricultura, desde o início da administração. Além dele, participaram da audiência o ex-secretário estadual da Agricultura Odacir Klein, o ex-presidente da Emater, Caio Rocha, a diretora de marketing da Semeato, Carolina Rossato, o vice-prefeito de Passo Fundo, Adirbal da Silva Corralato, o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Clademir Bragagnolo, e os vereadores Verceli Oliveira, Diógenes Basegio e Aristeu Dala Lana.
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