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Rio Grande avalia plano para captura do tubarão azul

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A proposta do plano de gestão da pesca do tubarão azul no Rio Grande do Sul
Proposta do plano de gestão da pesca do tubarão azul no Rio Grande do Sul será avaliada em reunião nesta quarta - Foto: Divulgação Sdect

O Cação Azul (Prionace glauca) é uma espécie classificada na condição 'vulnerável'. O plano de gestão de cinco anos destina-se a reverter essa situação e orientar o manejo pesqueiro desse recurso oceânico. A proposta do plano de gestão da pesca do tubarão azul no Rio Grande do Sul será avaliada em reunião nesta quarta-feira (21), às 11h, na Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), em Rio Grande. A definição da data e do local foi decidida em encontro do secretário Fábio Branco, do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), com lideranças do setor pesqueiro, empresários, Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), técnicos, pesquisadores da Furg, Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e lideranças do Conselho Gaúcho de Aquicultura e Pesca Sustentáveis (Congapes). 

Para Fábio Branco, o Rio Grande do Sul pode ser pioneiro no país nesse tipo de estudo. A espécie é um dos gargalos do setor pesqueiro gaúcho e com um plano de manejo toda a cadeia obterá ganhos. "Vamos cuidar das nossas reservas”, assinalou o secretário. Ele informou aos participantes da reunião que têm alcançado em suas gestões 'canais abertos' para avaliar a questão junto ao Ibama, Emater, Sindicato dos Armadores e no CCongapes. A estruturação do Plano de Gestão e Manejo do cação azul deve contar com a participação de pesquisadores, pescadores, observadores de bordo, que vão controlar o desembarque e a captura. Está prevista, ainda, a coleta de amostragem biológica para determinar as condições da espécie. O plano de gestão do recurso oceânico, que terá a coordenação da Furg, via seu Laboratório de Recursos Pesqueiros Demersais e Cefalópodes do Instituto de Oceanografia, está orçado em R$ 2,3 milhões. O tubarão azul é capturado com espinhel pelágico em embarcações comerciais.

O secretário da Sdect destacou que há alguns anos, Rio Grande e São José do Norte contavam com um expressivo parque industrial que processavam o pescado. “Eram mais de 30 empresas”, disse. Atualmente somente duas empresas atuam no processamento do pescado e empregam uma reduzida força de trabalho de cerca de 2 mil pessoas. Em função da tradição e da pujança econômica o estado precisa contar com um autêntico polo pesqueiro, afirmou. Com o conhecimento dos problemas e dificuldades enfrentado pela área da pesca, Fábio Branco defendeu com veemência a elaboração de uma legislação atualizada que tenha condições de determinar o que pode ser capturado em cada estação de pesca e o que deve ser preservado, para que o pescador tenha condições de garantir o sustento da família.

Texto: Ascom Sdect
Edição: Léa Aragón/ Secom 

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