O governador Germano Rigotto anunciou nesta sexta-feira (21), em Caçapava do Sul, durante a 31ª rodada de interiorização do Governo do Estado, que Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem estabelecer um corredor sanitário e reforçar a proibição da entrada de carne do resto do país nos dois Estados. A sugestão do governador deve ser comunicada hoje pelo secretário de Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, a seu colega de pasta catarinense. As providências são conseqüência da decisão do Paraná de comprar carne do Mato Grosso do Sul, excluindo apenas as cinco cidades com focos de febre aftosa. O corredor sanitário vai ter que começar de Santa Catarina para baixo. É a única alternativa que nós temos para fortalecer nossa posição de não permitir qualquer ameaça de contaminação do rebanho gaúcho, afirmou o governador. Rigotto destacou que o Estado vem trabalhando seriamente na área de sanidade animal, com investimentos de mais de R$ 5 milhões em vacina para que o pequeno produtor possa vacinar seu rebanho. Além disso, o governador ressaltou que uma série de medidas para criar um corredor sanitário com o Uruguai que possibilite a passagem de gado em pé para o país vizinho vem sendo implementadas e não podem ser comprometidas com a possibilidade de contaminação do rebanho. Desde o anúncio do primeiro foco de aftosa surgido em Mato Grosso do Sul há uma semana, o Estado tomou providências para proteger o rebanho gaúcho com o estabelecimento de 16 barreiras sanitárias na divisa com Santa Catarina e medidas restritivas em relação à entrada de carne de outros Estados. As barreiras estão localizadas nos municípios de Barra do Guarita, Barracão, Esmeralda, Iraí, Machadinho, Marciliano Ramos, Maximiliano de Almeida, Nonoai, Pinhal da Serra, Pinheirinho do Vale, Porto Mauá, Porto Soberbo, Porto Vera Cruz, Porto Xavier, Torres e Vacaria. Nesses locais, em postos do ICMS, estão um veterinário e dois auxiliares de serviços rurais da Secretaria da Agricultura.