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Rio Grande do Sul tem de estar no radar chinês de investimentos, afirma embaixador a Tarso

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01.12.13 Governador Tarso Genro se reune com o  embaixador do Brasil na China, Valdemar Carneiro Leão
Missão China - Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini

A comitiva gaúcha da missão governamental à China teve sua primeira agenda oficial na tarde deste domingo (1º), em Pequim, em encontro com o embaixador brasileiro no país, Valdemar Leão. Na reunião, o governador Tarso Genro detalhou as perspectivas de desenvolvimento e de materialização de investimentos e parcerias entre a China e o Rio Grande do Sul. 
 
O governador, acompanhado de secretários de Estado e dirigentes de estatais, apresentou a missão gaúcha e falou sobre os objetivos estratégicos da agenda oficial na China, que, além de Pequim, ainda passará pelas cidades de Wuhan e Xangai. 
 
O Rio Grande do Sul está desbloqueado do ponto de vista da globalização e, a partir de uma visão específica de como a região deve se integrar, é essencial que, dentro dos marcos da política externa dos países, as regiões também constituam sua política externa própria. Só assim poderão impulsionar o seu desenvolvimento. Dessa visão, surge a missão à China, afirmou Tarso. 

Além de explanar os objetivos da viagem da delegação gaúcha ao país oriental, Tarso destacou as missões governamentais anteriores do Rio Grande do Sul, em países como a Coreia do Sul, Inglaterra, Israel e Palestina, que resultaram em um conjunto de acordos de cooperação, parcerias econômicas e investimentos no Estado. 

Desafio Chinês 
O embaixador Valdemar Leão falou sobre o atual momento da economia chinesa e da adaptação da fórmula que garantiu o boom de desenvolvimento na última década - baseada no modelo de investimentos em infraestrutura e exportações -, agregada a uma política de aumento de renda e consumo interno da população. Na opinião do embaixador, a redução da alocação de recursos na área de infraestrutura fará com que as empresas chinesas busquem novos negócios fora do país. 

O diplomata disse ainda que o Rio Grande do Sul tem de estar no radar chinês de investimentos, e dois nichos de necessidades podem virar oportunidades para o Estado: o primeiro, na área de energia, a partir do esgotamento e da limitação das fontes não renováveis na China; e o segundo, no campo da segurança alimentar, à medida que, com a intensa migração do campo para a cidade, a produção de alimentos tende a cair e se tornar insuficiente. A China produz atualmente 90% do que consome. 

Parcerias 
O novo momento da economia chinesa permitiu ainda a discussão sobre possibilidades de parcerias e de tipos de modelagens financeiras para projetos como o metrô de Porto Alegre, a ERS-010, e os aeroportos 20 de Setembro e da Serra Gaúcha. Na área energética, o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, ressaltou o potencial de geração térmica do Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas de carvão mineral do Brasil, com uma política para as energias renováveis, além da consistente participação no campo da energia eólica. 
 
Também participaram do encontro na embaixada brasileira na China, os secretários estaduais de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, e Geral de Governo, Vinicius Wu, além do assessor de Cooperação e Relações Internacionais, Tarson Nuñez, do presidente da Agência Gaúcha de Desevolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan de Pellegrin, do secretário adjunto da Agricultura, Claudio Fioreze; do presidente da CEEE, Gerson Carrion, o presidente do Badesul, Marcelo Lopes, o representante do BRDE, José Hermeto Hoffmann, e os deputados estaduais Marisa Formolo, Miriam Marroni e Raul Carrion.

Destaques da agenda desta segunda-feira, 2 de dezembro:

9h - Comitiva gaúcha realiza visita à fábrica de caminhões Foton Motors. Delegação será recebida pelo vice-presidente do grupo, Wang Xiangyin, e por representantes da Foton Aumark do Brasil. A montadora instalará uma unidade no Rio Grande do Sul, em Guaíba;

16h30 - Governador Tarso Genro palestra na Universidade do Povo, em Pequim. Ele falará sobre a política internacional e a conjuntura político-econômica do Brasil. O público será formado por professores, estudantes de Relações Internacionais e membros da reitoria da universidade.



Texto: Marcelo Nepomuceno
Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom

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