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Rio Grande do Sul terá o segundo maior parque eólico do mundo

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Até dezembro de 2006 o Rio Grande do Sul terá o segundo maior parque de geração de energia eólica do mundo, produzindo no município de Osório, informou hoje (1º) o governador Germano Rigotto. O empreendimento é resultado do investimento de US$ 230 milhões da empresa espanhola Enerfín. Isso equivale aos investimento de ampliação da GM, de US$ 240 milhões, e da John Deere, que totaliza 250 milhões, assinalou o governador durante reunião, no Palácio Piratini, com o presidente empresa, Guillermo Planas. No encontro, a empresa também anunciou ao governador a implantação, em Osório, de uma fábrica de torres de concreto, com 98 metros de altura, para a sustentação dos aerogeradores. Serão investidos mais R$ 40 milhões na nova unidade. O maior parque eólico do mundo fica no Texas, EUA. Mas em Osório, segundo o presidente da Enerfín, vão ser gerados 150 megawatts (MW) de energia com a implantação de três parques eólicos, que produzirão 50 MW cada um. Como um aerogerador fornece 2 MW, serão instaladas 75 torres no total. Quando as obras estiverem concluídas, os parques poderão ser vistos à direita da freeway, na chegada a Osório, no sentido Porto Alegre/Litoral Norte. A fábrica de torres será instalada pela Wobben Windpower, subsidiária da alemã Enercon, e que tem planos de atender aos mercados brasileiro e do Mercosul. As chapas de pré-moldados serão feitas em Porto Alegre e levadas depois, em carretas, até Osório para montagem. Contratações Além das torres, a Wobben fornecerá aerogeradores. Só na fabricação das torres serão admitidos 160 trabalhadores, em empregos diretos, em Porto Alegre, e outros cem em Osório, adiantou o presidente da Wobben, Pedro Ângelo Vial. Cerca de 95% dos nossos fornecedores e contratados serão do Rio Grande do Sul, garantiu Vial, referindo-se, principalmente, aos setores de logística, construção civil e aço, entre outros, que serão movimentados pelo investimento. A Wobben firmou parceria com a Enerfín e terá 9% de participação societária no parque eólico do Estado. Conforme o presidente da Enerfín do Brasil, Telmo Borba Magadan, o empreendimento começará a ser implantado no próximo mês de maio. Também estiveram presentes os diretores Alberto Martins Costa Pinto e Tom Rebelo, da CIP Consultores Internacionais, sócia Enerfín Brasil. Germano Rigotto assistiu a uma simulação digital da operação dos parques eólicos e recordou o começo das negociações. Este é um momento muito importante, pois é a conclusão do trabalho e da luta para que o Rio Grande do Sul tivesse energia eólica. Fui à Espanha antes de assumir o Governo do Estado em busca de empresas e investimentos em geração eólica para o desenvolvimento do Estado, disse. Ele agradeceu o trabalho do secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, e da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Esperamos poder ampliar nossa cota de energia eólica no Proinfra para 300 MW e ter uma fábrica de aerogeradores no Rio Grande do Sul, acrescentou Rigotto. Longo prazo De Guillermo Planas, o governador ouviu a posição da Enerfín de que vieram para investir a longo prazo. Será a usina eólica mais moderna do mundo. Nem na Espanha temos esta tecnologia, só na Alemanha existe algo semelhante. No mesmo tom usado por Planas, o presidente da Wobben assinalou que vieram para ficar, pois no Rio Grande do Sul há infra-estrutura, mão-de-obra e grande capacidade empreendedora do mercado produtor local. Por isso, todos os nossos insumos serão do Estado. Telmo Magadan destacou que o ambiente seguro para investimentos criado pelo governador Rigotto e sua posição sobre o desenvolvimento do Estado foram fundamentais. O contrato da Enerfín, empresa pertencente ao grupo espanhol Elecnor, é de 20 anos de fornecimento de energia à Elebras A conexão da energia eólica à rede será feita via CEEE. Magadan destacou o rigor no monitoramento ambiental do empreendimento, que preservará a pecuária, produção e vocação da região. O projeto inicial fixava para as torres 65 metros de altura, mas a elevação para 98 metros visou à proteção da rota dos vôos das aves regionais. O secretário Andres informou que a cota de 220 MW de energia eólica do Rio Grande do Sul no Programa de Incentivo às Energias Alternativas (Proinfra) já está preenchida. Além dos 150 MW da Enerfín, já foram confirmados US$ 100 milhões em investimentos do grupo alemão Innovint, representado no Brasil pela Elebras, para a geração de mais 70 MW de energia eólica em Tramandaí.
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