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Roque Jacoby participa do Enart

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O maior evento artístico-cultural promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), o Encontro de Artes e Tradição Gaúcha - Enart-, em sua vigésima edição, a ser realizado a partir desta sexta-feira, 11, às 20h, em Santa Cruz do Sul, no Parque da Oktoberfest, na rua Galvão Costa, numa extensão de 14 hectares, terá a presença do secretário da Cultura do Rio Grande do Sul Roque Jacoby, estendendo-se até domingo, dia 13. O evento foi premiado, dia 26 de outubro, com o Troféu Cultura Gaúcha 2005, entregue pela Secretaria de Estado da Cultura, por ser destaque na área de Tradição e Folclore. Segundo o presidente da Comissão Executiva do Encontro, Armando Gewehr, cerca de dois mil artistas amadores deverão se apresentar nos cinco palcos armados para as exibições de 22 modalidades de manifestações ligadas ao tradicionalismo, entre as quais chula, danças tradicionais, rabeca, violão, viola, causo, solistas masculino e feminino, conjuntos vocais e instrumentais, gaita-botão, com menos ou mais de oito baixos, gaita-piano, gaita-de-boca, bandoneon, trova campeira, martelo, pajada, trova-martelo e declamação masculina e feminina. A abertura do Encontro, sob o tema O Amigo, presta às 20 horas uma homenagem póstuma a um dos esteios do tradicionalismo gaúcho, Ciro Dutra Ferreira, que ao lado de Barbosa Lessa e Paixão Cortes iniciou o movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul junto ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na Azenha, em 1948. Os concursos de danças tradicionais iniciam às 21 horas com 12 grupos. Para um evento cultural que movimentou 62 mil pessoas em 2004, o Encontro, na opinião de Gewehr, chegou ao topo não só em participação de público como em reunir os melhores artistas do mercado amador rio-grandense. E a idéia de seus organizadores é de não permitir que se perca a originalidade das manifestações da tradição do Rio Grande do Sul, embora sejam aceitas inovações que não as descaracterizem. Assim, danças como o maçarico e o pau-de-fita podem receber ingredientes que venham seduzir o público, desde que não dissolvam suas características mais autênticas. Não é aceita, por exemplo, a idéia de contratar um grande artista, cuja apresentação certamente atrairia muito público, mas o dispersaria, já que há cinco palcos que buscam manifestar as tradições culturais do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, o Enart resiste para que não se queira perder as características culturais inseridas na História do território gaúcho. Para Santa Cruz do Sul, o Encontro vale como vitrine da cidade, já que não só no Rio Grande do Sul como em outros estados fica-se falando do município. Ao mesmo tempo, um acontecimento dessa envergadura reveste o lugar que o acolhe de um prestígio que acaba repercutindo na sua vida econômica. Lojas, hotéis lotados, restaurantes, empresas de segurança e limpeza, além do comércio de artefatos e camisetas, são beneficiados pela sua realização. Com um compromisso, firmado por carta com a Prefeitura, nos próximos quatro anos o Enart deve continuar sendo ali realizado, como dos quatro acontecimentos promovidos pelo MTG: o concurso estadual de prendas, o Festival Campeiro de Arte e Tradição e o Congresso Tradicionalista que, em janeiro, foi realizado em Santa Rosa. Gewehr diz que o Encontro está atento para conquistar três avanços em suas próximas edições: a disciplina, a qualidade e a formação da comissão avaliadora. Quanto à disciplina, o esforço do evento é no sentido de que os artistas e o público aprendam a perder e aplaudir os vencedores. A qualidade diz respeito à necessidade de aprimorar as danças e as músicas, sem que se perca a originalidade das manifestações tradicionalistas. Em janeiro ou fevereiro de 2006, o MTG vai se reunir para avaliar a edição de 2005 do Enart, buscando seu aprimoramento.
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