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RS e SC se unem em plano de ação territorial para conservação de espécies ameaçadas de extinção

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Uma parceria para elaboração de um plano de ação territorial (PAT) que visa conservar espécies ameaçadas de extinção foi oficializado entre a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e o World Wide Fund for Nature (WWF) Brasil. Ao todo serão contempladas 22 espécies do bioma Mata Atlântica, sendo 17 da flora e cinco da fauna da região do Planalto Sul do estado.

Na quarta-feira (22/7), o Rio Grande do Sul publicou a Portaria Sema 114/2020, que vem ao encontro da Portaria 260/2019, de Santa Catarina, na aprovação do Plano de Ação Territorial (PAT) para conservação de espécies.

De acordo com o analista ambiental do Departamento de Biodiversidade da Sema, Leonardo Urruth, a secretaria e o IMA serão os responsáveis pela coordenação e facilitação dos processos, e a WWF Brasil, a agência executora do PAT a partir do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção.

“Os territórios delineados para implantação de planos de conservação foram escolhidos por critérios biológicos, onde as espécies ameaçadas estão em maior quantidade ou há aquelas espécies criticamente ameaçadas (CR). Muitas não estão protegidas dentro de Unidades de Conservação (UCs) e precisam de outras ações para conservação. Por isso a gestão é compartilhada. É a primeira vez que os dois órgãos trabalham de forma conjunta”, explica Urruth.

Serão 41 ações distribuídas em seis objetivos específicos: promover a proteção e/ou recuperação dos ambientes de ocorrência conhecida e potencial das espécies focais; mitigar os riscos das espécies exóticas invasoras sobre as espécies focais e seus ecossistemas; contribuir com a redução da conversão de áreas nativas de ocorrência das espécies focais; reduzir as fontes de alterações físicas, químicas e biológicas prejudiciais aos ambientes de ocorrência das espécies focais; ampliar e difundir o conhecimento sobre espécies e ambientes; e fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis que conservem e restaurem a vegetação nativa.

A coordenadora do Projeto Pró-Espécies no WWF-Brasil, Gabriela Moreira, comemora a publicação conjunta das portarias e reforça a importância do engajamento dos parceiros para a conservação de espécies ameaçadas. “Mais uma conquista que devemos comemorar. A articulação entre dois estados para a proteção de espécies ameaçadas no PAT Planalto Sul nos mostra que o trabalho em conjunto é poderosa ferramenta para gestão ambiental eficiente. O WWF Brasil tem orgulho de participar desta iniciativa”, aponta.

Elaboração e implementação do PAT Planalto Sul

Desde a elaboração do PAT Planalto Sul, em 2019, foram realizadas diversas ações de implementação em conjunto com os articuladores e o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), que tem representantes de diversas instituições, entre elas o Instituto Curicaca, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), a Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de São Francisco de Paula, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDE-SC), o IMA e a Sema.

Em abril, a coordenação do PAT Planalto Sul elaborou uma proposta com diretrizes e objetivos para o plano de comunicação e o plano de sustentabilidade financeira. A proposta foi submetida à análise do GAT. Em maio, foi realizada uma reunião de alinhamento para organizar as expedições de campo pós-pandemia da Covid-19 e a elaboração de protocolos para o levantamento de informações para os distintos grupos de pesquisadores.

Texto: Bárbara Corrêa/Ascom Sema, com colaboração de WWF Brasil
Edição: Secom

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