RS se prepara para reduzir mortalidade materna e infantil
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A qualificação da assistência e a humanização do parto nas principais maternidades públicas do Rio Grande do Sul que atendem gestantes de alto risco, visando a redução da mortalidade materna e infantil, estão sendo discutidas no Seminário Estadual de Atenção Obstétrica e Neonatal Baseado em Evidências Científicas. O evento foi aberto nesta segunda-feira (24), no City Hotel, em Porto Alegre, e se estende até sexta-feira, reunindo os chefes médicos e de enfermagem dos Serviços de Neonatologia e Obstetrícia de 15 instituições. A promoção é uma parceria do Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Estadual da Saúde, e contou, em sua abertura, com as presenças do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, da coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher do MS, Maria José Araújo, e do consultor técnico do MS para a Região Sul, Anibal Faundef, entre outros. Gabbardo lembrou que o RS tem a menor taxa de mortalidade infantil do país – 13,6 por mil nascidos vivos, e metade destes óbitos ocorre na primeira semana de vida. “O índice de cesarianas, é de praticamente 50%, e está correlacionado com a mortalidade materna e neonatal e baixo peso dos recém-nascidos. A SES tem como uma das prioridades o compromisso de melhorar estes índices.” O encontro está abordando questões técnicas e de gestão, como políticas de atenção obstétrica e neonatal, diretrizes para implantação dos comitês de investigação do óbito materno e infantil, utilização de evidências científicas para subsidiar as práticas nesta área, e medidas de humanização e interação mãe-filho e família. Maria José Araújo, técnica do MS, explicou que há questões que são universais e outras que são específicas de determinadas regiões e o seminário é adaptado a cada estado, em suas peculiaridades. Citou como exemplo a questão da malária no Amazonas, da anemia falciforme na Bahia e das indígenas, no Norte. Entre as diretrizes, está o ajuste a estas realidades regionais, o estímulo ao controle social e um contrato de metas, em relação à organização da atenção pré-natal, parto, puerpério e recém-nascido, com garantia de referência para diagnóstico e assistência.