Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Salto de crescimento para a economia estadual

Publicação:

Como reflexo dos 299 novos investimentos atraídos ao Estado de janeiro de 2003 a junho de 2006 - três anos e meio do atual governo -, o Rio Grande do Sul deve apresentar neste segundo semestre indicadores econômicos positivos, de acordo com a análise da Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Uma prévia desse desempenho foi a retomada pelo Rio Grande do Sul, ainda no primeiro semestre, da terceira posição como centro exportador nacional, apontada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), com 8,32% de participação nas vendas do país, superando o Rio de Janeiro (7,78%) e o Paraná (7,06%). As exportações gaúchas atingiram 5 bilhões de dólares no período, do bolo de 60,9 bilhões de dólares das exportações brasileiras. A agropecuária foi o carro-chefe do crescimento no primeiro semestre, sobretudo nos meses de abril a junho, explicado pelo aumento nas exportações de soja, mesmo que os preços em dólares tenham apresentado uma queda. A reconquista do terceiro lugar nas exportações ocorreu depois de o Estado ter sofrido prejuízos profundos em setores estratégicos, como na indústria fumageira, no setor coureiro-calçadista e na indústria de implementos agrícolas, devido à política de câmbio supervalorizado. Investimentos maciços Porém, o otimismo do Governo do Estado com relação ao segundo semestre de baseia sobretudo nos maciços investimentos ocorridos nos primeiros 42 meses e na gradativa redução da taxa de câmbio, além de medidas cambiais aguardadas do governo federal para os próximos meses. O expressivo fluxo de investimentos - R$ 29,8 bilhões, relacionados a 299 novos empreendimentos - é atribuído pelo secretário de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, a algumas características do Rio Grande do Sul, que lhe conferem trunfos competitivos nas exportações e que compensam eventuais prejuízos no mercado nacional, decorrentes da posição geográfica periférica do Estado. Cita Ponte como vantagens a qualidade de vida, o ambiente acolhedor aos empreendimentos, a cultura de trabalho, a melhor educação pública do país, os extraordinários recursos hídricos, a boa malha rodoviária, a excelente infra-estrutura portuária, a menor carga de ICMS sobre a produção industrial e rural dentre todos os estados do país e, além de tudo isso, a facilidade de energia, que será reforçada por importantes projetos já em implantação de energia eólica (o projeto de Osório já funciona parcialmente), biomassa, gás, mais hidrelétricas e termelétricas. Energia e celulose (matéria-prima de papel e papelão) lideram o ranking dos setores da economia doméstica responsáveis pelos principais investimentos, somando R$ 19,5 bilhões e respondendo pela geração de 11,53 mil empregos. Seguem-se os segmentos metal-mecânico (R$ 4,7 bilhões), petroquímico/borracha (R$ 1,7 bilhão) e de produtos alimentícios (R$ 1,1 bilhão). Destacam-se também: indústria tabagista (R$ 886,9 milhões), eletro-eletrônica (R$ 659,8 milhões), madeira/móveis/artefatos (R$ 414,7 milhões), bebidas (R$ 322,3 milhões), logística (R$ 249,7 milhões) e têxtil (R$ 106 milhões). No conjunto, o elenco de novos investimentos está gerando 52,7 mil postos de trabalho. Impulso à Metade Sul A região mais deprimida do Estado, do ponto de vista econômico e social, foi beneficiada com R$ 12 bilhões - aproximadamente 30% do total -, com geração de 16,7 mil vagas diretas de emprego. Conforme Ponte, a atração e a viabilização de plantas de investimentos em território gaúcho são instrumentos básicos estabelecidos pelo Governo do Estado para estimular o desenvolvimento e a geração de renda e empregos. Optou-se pelo fortalecimento dos tradicionais arranjos produtivos locais, associado a inovações tecnológicas, simultaneamente com a implantação de novas cadeias econômicas vinculadas às emergentes vocações gaúchas, garante o secretário. Um dos principais instrumentos para viabilizar a diretriz de atração de investimentos, o novo Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS) do Governo do Estado, consiste em financiar parte - até 75% - do ICMS incremental gerado pelo empreendimento incentivado. O valor é ressarcido ao Tesouro do Estado após o período de carência, com atualização monetária integral medida pela variação do IPCA/IBGE, acrescida de juro de zero a 6% ao ano. Para estimular a desconcentração e o equilíbrio do desenvolvimento industrial em áreas mais deprimidas foi instituído, no Fundopem/RS, o Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial (Integrar/RS), que consiste na concessão de um abatimento percentual incidente sobre os valores correspondentes às parcelas pagas do financiamento do Fundopem/RS. Para complementar, o Estado tem disponíveis áreas em sete distritos industriais que mantém para a implantação ou a relocalização de indústrias.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul