A primeira-dama, Sandra Genro, participou do 1° Encontro de Filhos Separados dos Pais pela Hanseníase, na terça-feira (17), na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, em Porto Alegre. O encontro, organizando em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), teve como objetivo organizar grupos de pessoas que foram separadas de seus familiares em função da hanseníase entre as décadas de 30 e 70, por uma compreensão errônea do Estado sobre como lidar com a doença.

Em todo o Brasil, mesmo após a criação de medicamentos para o tratamento da enfermidade, os hansenianos eram isolados da sociedade. No Rio Grande do Sul, a maioria dos doentes foi conduzida para uma colônia em Itapuã, distrito de Viamão, e seus filhos foram dados como órfãos, conduzidos para instituições ou lares adotivos, sem o consentimento das famílias, que nem ao menos ficavam sabendo o paradeiro das crianças.

Há alguns anos, o Governo Federal passou a indenizar todos os hansenianos do País que foram submetidos ao isolamento. A reivindicação, pautada no encontro, é de que esta indenização deva ser estendida também aos filhos dos hansenianos, tendo em vista o sofrimento e as dificuldades pelas quais tiveram que passar em função do despreparo do Estado, à época, para lidar com a doença.

O intuito do Morhan é organizar encontros como este em todas as unidades da Federação, constituindo um movimento nacional. Sandra Genro, após o encontro, inaugurou a exposição fotográfica Isolamento e Estigma: da Lepra à Hanseníase, com fotos da antiga Colônia de Itapuã, no Museu de História da Medicina, em Porto Alegre. A exposição ficará aberta ao público até 10 de outubro.

Texto: Assessoria de Imprensa
Crédito da Foto: Martha Richiter
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