Inaugurado em 20 de julho do ano 2000, o complexo automotivo da General Motors (GM) em Gravataí (RS), que emprega 9 mil trabalhadores e já produziu 2,8 milhões de veículos nestes 15 anos, recebeu nesta quarta-feira (21) a visita do governador José Ivo Sartori. "Esta semente da GM é que precisa ser plantada no Rio Grande do Sul", disse Sartori ao saudar a direção da empresa, os funcionários e fornecedores, e a geração de empregos e crescimento econômico proporcionado pelo empreendimento.

Devido à GM/RS, disse o governador, o município de Gravataí é hoje o quinto em arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul. "Foi um enorme desafio atrair o primeiro complexo automotivo para o Estado, mas hoje ele mostra os seus grandes resultados", acrescentou.

Sartori, o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz, o diretor-geral da GM/RS, Camilo Ballesty, o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, e o vice-prefeito de Gravataí, Francisco Pinto, visitaram a fábrica. Conheceram os setores de estamparia, pintura, tapeçaria e outras áreas, até a parte final da montagem, quando os veículos já começam a funcionar. "Estamos celebrando o sucesso completo de uma estratégia possível de fazer veículos de maneira diferente, junto aos sistemistas", afirmou Munhoz. "Em 17 de março de 1997, foi o dia do anúncio da fábrica em Gravataí", lembrou.

A unidade da GM no RS foi a primeira da empresa no Brasil localizada fora do estado de São Paulo. Seu conceito foi inovador ao trabalhar num sistema de condomínio industrial, onde estão reunidos os seus 19 maiores fornecedores sistemistas. Atualmente, mais de 60% das vendas da GM do Brasil saem da montadora gaúcha. A partir de 2013, a unidade passou a adotar o terceiro turno de trabalho. A renda per capita de Gravataí, desde o ano 2000, já cresceu 17 vezes, informou Munhoz. Em salários, o complexo pagou, em 15 anos, R$ 31 bilhões.   

Desde sua inauguração, a fábrica da GM/RS, que hoje produz os veículos Chevrolet modelos Celta, Prisma e Ônix, recebeu dois grandes investimentos de expansão. Um deles foi em 2006, quando o complexo atingiu capacidade para 230 mil automóveis/ano, e o mais recente, em 2012, elevou a produção para 350 mil veículos/ano. Atualmente, informa a GM/RS, a capacidade produtiva do complexo é a maior da marca Chevrolet no Hemisfério Sul: pode ultrapassar a média de um carro por minuto.

Efeito GM

A instalação da montadora da GM/RS em Gravataí trouxe expansão à economia do município, da região e do Estado. O complexo industrial automotivo fez de Gravataí a 5ª cidade no ranking de arrecadação de ICMS no Estado. Também elevou a arrecadação geral de impostos no RS. Em seus 15 anos de produção, a montadora gerou, por exemplo, mais de R$ 7,5 bilhões em Cofins, mais de R$ 3,6 bilhões em IPI, mais de R$ 2,3 bilhões em ICMS e mais de R$ 1,5 bilhão em PIS. 

Em mais de 10 anos de operações do complexo, o PIB do município superou R$ 650 milhões – era antes de R$ 50 milhões. Só no Projeto Ônix, foram investidos R$ 2 bilhões. Entre as curiosidades, 105 caminhões (cegonha) operam todos os dias na montadora para escoamento dos veículos fabricados, cerca de 7 mil refeições são servidas diariamente (consomem 385 kg de arroz, 180 kg de feijão, 360 kg de carne e 375 litros de leite), e o complexo de Gravataí (de 360 hectares, dos quais 50 hectares destinados à preservação ambiental) tem 40 ruas, algumas batizadas com nomes de automóveis da marca Chevrolet - Corsa, Vectra, Opala, Monza e Ômega.

Texto: Heron Vidal/Palácio Piratini
Edição: Rui Felten/CCom