Saúde alerta para cuidados com as doenças de inverno
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Com a chegada das baixas temperaturas, os cuidados com a saúde devem ser redobrados, especialmente em relação às crianças e idosos. Nessas faixas etárias, o organismo apresenta uma capacidade menor de resistir às doenças, e as complicações passam a ser mais freqüentes. É fundamental a prevenção, através de medidas simples, como, por exemplo, estar agasalhado e evitar aglomerações, prestando atenção nos sinais de alerta. O pediatra Érico Faustini, que trabalha na Seção de Saúde da Criança e Adolescente, da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), ressalta que o frio traz como principal problema as doenças respiratórias nas crianças. Essas enfermidades atingem mais as crianças menores, em termos de gravidade, especialmente as menores de dois anos. O pediatra ressalta que quase todas essas doenças, nesta faixa etária, começam por um quadro de resfriado comum, com infecção das vias aéreas superiores que é caracterizada pela tosse e pela coriza. Algumas crianças podem ter complicações bacterianas e, nos menores de dois anos, se destacam a otite, que é a infecção do ouvido médio, e a pneumonia. Os sinais de perigo que devem ser observados são a tosse e a coriza (corrimento nasal), mas o mais importante é a freqüência respiratória, ou seja, o número de vezes que a criança respira por minuto, que pode ser indicativo de pneumonia. Além da respiração, é preciso observar também a febre constante e acima de 38 graus, que pode ser um sintoma de complicação bateriana, tipo otite. Em geral, as crianças que são amamentadas no peito e apresentam bom crescimento e desenvolvimento são as que menos sofrem complicações. Também são as mais protegidas contra a gripe. O leite materno, entre outras propriedades importantes, contém antibióticos naturais, salienta Érico Faustini. O pediatra cita ainda que crianças com menos de dois meses podem apresentar um quadro de bronquiolite, caracterizado pelo chiado e falta de ar. No desenvolvimento dessas afecções respiratórias é importante procurar um médico e evitar a circulação do paciente em meio à fumaça de cigarro e mesmo de outras fontes, como fogões à lenha. É importante agasalhar bem a criança e evitar aglomerados onde possa haver pessoas com resfriado. Além disso, os locais e a água para banho devem ser aquecidos. Já em relação a crianças maiores, o pediatra destaca que as afecções tendem a ser mais leves e, em geral, sinalizadas pela garganta. Se houver uma complicação bacteriana, acompanhada de febre, a criança deve ser levada a um posto de saúde para fazer uma avaliação, pois poderá estar com pneumonia, amidalite ou mesmo sinusite. Outro grupo que merece atenção especial nos meses de inverno são os idosos. A enfermeira Íride Caberlon, coordenadora da Seção Saúde do Idoso, da SES/RS, diz que as maiores preocupações estão não apenas nas doenças respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, asma e bronco-pneumonia, mas também nos sistemas circulatório e esquelético. As pessoas de mais idade, no frio, sentem dor nas juntas e enfrentam problemas de circulação por causa da vasoconstrição, quando o sangue é irrigado com maior dificuldade. As indicações para prevenir-se problemas desta ordem são alimentar-se adequada e equilibradamente, ingerir bastante líquido, usar agasalho apropriado, proteção contra o vento e chuva, evitar aglomerações e contato com pessoas resfriadas, bem como correntes de ar. Também recomendamos atividade física e exercícios, ensina Íride. Ela destaca ainda a vacina contra Pneumococo, indicada para quem está com seu sistema imunológico enfraquecido e contraindo, por exemplo, constantes pneumonias. Essa imunização requer indicação médica e pode ser realizada, na Capital, no Centro de Imunobiológicos Especiais, situado no Hospital Sanatório Partenon/SES/RS. Para quem estiver no Interior, basta providenciar o pedido que a SES envia a vacina para a Coordenadoria Regionalde Saúde, que a repassa à Secretaria Municipal correspondente.