Os leitos de UTIs pediátricas da capital deverão ficar sob regulação do município de Porto Alegre e da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e serão controlados pela Central de Leitos. A decisão foi tomada hoje (01) na reunião convocada pela SES com representantes do município e diretores de hospitais que dispõem deste tipo de serviço. De acordo com o secretário substituto da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a regulação vai permitir um sistema de informações on-line para controlar diariamente o número de vagas, a capacidade, as internações e altas hospitalares. Também foi definido que toda a vez que a capacidade de internação estiver esgotada, as duas secretarias vão acionar e comprar leitos em hospitais particulares. É o caso dos Hospitais Mãe de Deus, Moinhos de Vento e Ernesto Dornelles, que não são conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e já colocaram os leitos de UTIs pediátricas à disposição do poder público. Outra medida estudada para desafogar o sistema é a transferência de pacientes do interior do Estado, que já estão em condições de sair das UTIs, para os seus municípios de origem. Os municípios seriam acionados para providenciar o transporte e, não sendo possível, o Estado ficaria responsável pela volta desses pacientes. Os diretores dos hospitais também relataram casos de pacientes crônicos que dependem de aparelhos como respiradores e ocupam vagas de UTIs por um longo período. João Gabbardo solicitou um levantamento destes casos e disse que o Estado poderá fornecer os equipamentos necessários para que o paciente possa ser tratado na sua própria casa, aliviando assim o sistema. Participaram da reunião, realizada no gabinete da SES ,o representante do município de Porto Alegre, Fernando Martins Júnior, e os diretores dos hospitais Clínicas, Moinhos de Vento, Conceição, Ernesto Dornelles, Mãe de Deus, Presidente Vargas, PUC, Santa Casa e Fêmina. As ações serão avaliadas em novo encontro, agendado para o dia 8 de agosto.