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Secretaria da Educação orienta comunidade escolar sobre importância do acolhimento após enchentes

O evento, transmitido ao vivo, foi o primeiro de uma série que continua nas próximas semanas

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Live sobre acolhimento escolar e orientações da Seduc após enchentes de 2024. Raquel e outras pessoas durante a transmissão. No canto da imagem uma câmera de vídeo capta imagens que são transmitidas.
O encontro foi realizado no Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre, e transmitido pelo canal TV Seduc RS - Foto: Divulgação Seduc

Nesta quinta-feira (23/5), a Secretaria de Educação (Seduc) realizou uma live para falar sobre o acolhimento nas escolas e orientar a comunidade escolar após as enchentes e inundações que atingiram o Estado. A transmissão foi realizada no Centro Administrativo de Contingência (CAC), em Porto Alegre.

Durante o encontro, o primeiro de outros que serão realizados para orientar a comunidade escolar, foi apresentado um quadro geral da situação das escolas estaduais. A secretária ressaltou que a crise traz desafios para garantir o direito à educação, exigindo capacidade de adaptação e cuidado com o acolhimento.

“A Seduc possui duas premissas básicas para o retorno às aulas. A escola precisa ter estrutura física, equipamentos, fornecimento de água e energia elétrica e, principalmente, condições seguras para professores e servidores", afirmou Raquel.

"As instituições de ensino também precisam ser acolhedoras neste momento, ou seja, devem ter um olhar sensível e humano diante de situações vivenciadas durante as enchentes. Por isso, todas as escolas receberam materiais de acolhimento, com orientações pedagógicas”, acrescentou a secretária.

O impacto das enchentes nas escolas foi um dos principais pontos de discussão. Conforme a secretária, as instituições de ensino atingidas perderam não apenas estrutura, mas também documentação. Diante desse cenário, a Seduc tem adotado medidas para atender às necessidades do momento, com cinco eixos de atuação: infraestrutura, pedagógico, serviço de apoio, servidores e planejamento de rede.

As iniciativas apresentadas na live envolvem o levantamento de informações de servidores afetados pela enchente. Também está sendo realizado o cadastramento das pessoas que estão em abrigos para que seja possível mapear, a partir do cruzamento de dados, alunos e professores que estão desabrigados.

Em um segundo momento do encontro, a professora Carolina Campos, diretora executiva do Vozes da Educação e consultora Unesco na área de trauma e combate à violência no ambiente escolar, falou sobre acolhimento e sobre escolas resilientes. Ela apresentou conceitos de abordagem sensível ao trauma, mostrando como uma situação de catástrofe meteorológica pode se manifestar dentro da sala de aula por meio de medos, angústias e estresses.

“Quando uma sociedade está saudável, a gente percebe os sinais nas crianças e nos adolescentes, que voltam a sorrir e a interagir. O papel da escola é fundamental para mostrar o que há de mais humano em nós. As pessoas que conseguem levar arte, cultura e música para dentro do ambiente escolar em uma situação de crise podem salvar, fazendo com que os alunos e professores se sintam melhores, acolhidos”, destacou Carolina.

Mais de 3 mil pessoas, entre professores, servidores da educação e alunos, acompanharam ao vivo a transmissão on-line. Os encontros de orientação continuarão a ocorrer nas próximas semanas, sempre com transmissão pelo canal TV Seduc RS no YouTube.

Texto: Ascom Seduc
Edição: Secom RS

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