Secretaria da Educação promove painel sobre Legalidade
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Os 12 dias e noites do Movimento da Legalidade, ocorrido em agosto de 1961, foram lembrados na tarde desta terça-feira (23), durante dois painéis realizados no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa. Através de histórias contadas pelo atual presidente da CGTEE, Sereno Chaise, e jornalista Lauro Hagemann, a platéia que lotou o teatro conheceu um pouco mais do movimento que defendia a Constituição ao lutar pela posse do vice-presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros. Os dois painéis foram mediados pelo secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, e pela secretária-adjunta, Maria Eulália Nascimento.
Deputado estadual em 1961, Sereno Chaise disse que a Legalidade foi o triunfo do bom senso sobre a anarquia. Isto decorreu da união e empolgação do Rio Grande em defesa da constituição, sob a liderança do governador Leonel Brizola, união e que nunca fora registrada na nossa história rio-grandense, nem na Revolução Farroupilha, frisou Chaise. Para ele, a Legalidade se resume em uma frase: Foi a vitória da força do direito sobre o direito da força.
O ex-radialista e repórter Esso, Lauro Hagemann, lembrou o tradicional noticiário de rádio da época em sua fala: Eu fui uma testemunha ocular desta história, que foi um ato coletivo de apoio à lei maior do país. Precisamos aprofundar o conhecimento sobre a Legalidade, o que estamos fazendo em eventos como este, enfatizou.
O painel foi promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e integra as celebrações do Governo do Estado referentes aos 50 anos da Legalidade, com o objetivo de propiciar a reflexão de professores e alunos do Ensino Médio, reconstituir a experiência histórica, resgatar a importância do fato, valorizar e dar visibilidade ao protagonismo popular e à participação de lideranças políticas locais. Para Chaise e Hagemann, oferecer a estudantes, professores e público em geral o debate e a reflexão sobre o tema significa oportunizar o conhecimento da história do Rio Grande do Sul e do Brasil.
O secretário Jose Clovis de Azevedo, professor de História e estudante interessado por política na época da Legalidade, e fez um panorama histórico do país, da Colônia à Contemporaneidade. A Legalidade não é um movimento isolado. Faz parte de um processo histórico, de um conjunto de lutas do povo brasileiro que ainda não terminou.
Texto: Patrícia Coelho
Foto: Marcela Santos
Edição: Redação Secom (51)3210-4305