A Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS) lança nesta terça-feira (14), às 11h, o Projeto de Combate ao Tráfico Internacional de Seres Humanos, com ênfase no tráfico internacional de mulheres para fins de exploração sexual. A proposição, que conta com o apoio da Secretaria Nacional de Justiça, marca a adesão do Rio Grande do Sul em programa de âmbito nacional, adotado pelo Ministério da Justiça e executará ações preventivas e repressivas contra o tráfico de seres humanos. O ato acontecerá no auditório da sede da SJS, localizado na Rua Voluntários da Pátria, 1358, 9º andar, em Porto Alegre. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), esta é uma das atividades mais rentáveis do crime organizado, com uma movimentação financeira estimada em nove bilhões de dólares por ano. As ações preventivas de mobilização da sociedade civil consistirão em ampla campanha de conscientização da população para prevenir o tráfico, com distribuições de folderes informativos em passaportes, fixação de cartazes em aeroportos, escolas, agências de turismo, na Superintendência da Polícia Federal e em locais de grande circulação, além da veiculação de informações sobre o tráfico em programas de rádio. Para as ações repressivas, haverá uma equipe de pesquisadores que já iniciaram os trabalhos de mapeamento das rotas do tráfico de seres humanos, traçando o perfil de vítimas e de seus agentes aliciadores e das características da operação. O projeto busca, ainda, treinar e capacitar policiais e outros agentes públicos que lidam com essa temática, além de operadores de turismo e entidades de direitos humanos, a fim de alcançar, em políticas de longo prazo, os objetivos propostos. No Brasil, conforme estudos da ONU, a grande maioria das vítimas do tráfico são mulheres, que acabam por abastecer as redes internacionais de exploração sexual. De acordo com relatório anual do Congresso norte-americano, anualmente cerca de 800 a 900 brasileiras são levadas ao exterior para serem exploradas sexualmente, sendo que, deste total, 21% destas mulheres foram utilizadas como mão-de-obra escrava. Denúncias podem ser feitas para o número 181, da Polícia Federal. O lançamento contará com a participação do secretário da Justiça e da Segurança, deputado José Otávio Germano, do secretário-adjunto, Fábio Medina Osório, da coordenadora nacional do Projeto de Medidas de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, do Ministério da Justiça, Marina Pereira Pires de Oliveira, além de outras autoridades.