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Secretaria vai apoiar projeto educacional para manter jovens no campo

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Um bom exemplo do esforço de trabalhadores da agricultura familiar para que seus filhos não sejam absorvidos pelas cidades está na Serra gaúcha. Evitar o já conhecido êxodo rural, na contramão da sedução que oferecem os centros urbanos, é o principal
Secretaria vai apoiar projeto educacional para manter jovens no campo

Um bom exemplo do esforço de trabalhadores da agricultura familiar para que seus filhos não sejam absorvidos pelas cidades está na Serra gaúcha. Evitar o já conhecido êxodo rural, na contramão da sedução que oferecem os centros urbanos, é o principal desafio da Escola da Família Agrícola, em Garibaldi.

Criada, com o aval do Estado, em maio deste ano, tem 15 alunos dos 14 aos 16 anos, filhos de agricultores, em regime de alternância: eles ficam uma semana na escola e outra em casa, na propriedade rural, trocando conhecimento com os pais. Cursam o ensino médio-técnico.

Ao visitar a instituição nesta sexta-feira (13), o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, disse que levará a ideia ao conselho do Fundovitis para o que fundo seja parceiro e aporte recursos. A Secretaria Estadual da Educação já firmou convênio. Em 2014, destinará à escola recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

É uma iniciativa extraordinária. Se pensarmos que 30% dos jovens do Estado vem do campo, isso dá cerca de 120 mil estudantes. O problema é que apenas cerca de 12 mil frequentam algum curso ligado à agropecuária, disse Mainardi.

O secretário afirmou que projetos como esse deveriam estar em pelo menos mais cinco regiões que enfrentam problema de evasão da área rural e falta de formação na área: Centro-Serra, Quarta Colônia, Vale do Jaguari e o interior de Erechim. Um aluno formado aqui e que volta para o campo praticamente garante a permanência da propriedade, ela não terminará nunca. É uma revolução.

Mais 30 alunos em 2014
Em março do ano que vem será aberto o novo período de matrículas, dando direito a que mais 30 adolescentes possam permanecer na atividade que herdarão. Ter ligação direta com o campo é um requisito primordial.

Além disso, faz parte do projeto pedagógico fomentar a potencialidade das culturas regionais. A gente dá formação geral, mas também específica, trabalhando com cada aluno o que eles produzem em casa, afirmou a monitora Fernanda Pizzato.

Sonho que vira realidade
O ideal de um grupo de agricultores está deixando de ser sonho. Sessenta deles, distribuídos em dez municípios, recebem apoios públicos e privados. As famílias também colaboram, voluntariamente, com um valor mensal. Filiados à Associação Gaúcha pró-Escola Agrícola (Agefa), junto às Casas Familiares Rurais (Arcafar Sul), congregam 256 centros em 20 Estados.

Texto: Daniel Cóssio
Foto: Fernando Dias
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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