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Secretário da Cultura libera recursos para restauração da Casa Gomes Jardim

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O Secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo, liberou nesta quarta-feira (7), recursos no valor de R$ 72,5 mil, através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), para as obras de restauração da Casa Gomes Jardim, em Guaíba. O projeto, que tem custo total de R$ 462 mil, já recebeu ao todo do Governo do Estado, R$ 188,2 mil. Um dos testemunhos da Revolução Farroupilha e também o último imóvel sede de uma sesmaria ainda existente no Rio Grande do Sul, a casa de Gomes Jardim, que viveu entre 1783 e 1854, e foi o primeiro presidente da República Rio-grandense, tem previsão de ter sua restauração concluída em abril de 2007. Além do incentivo da Lei Estadual, a obra conta com recursos da Lei Federal de incentivo à cultura e com o apoio da prefeitura de Guaíba. De acordo com o secretário Victor Hugo, “entre as várias ações de restauração financiadas pelo sistema LIC, esta se reveste de um caráter emblemático porque neste ambiente foram vividos momentos decisivos na formação da identidade do povo gaúcho”. A moradia foi construída no século XVIII e um estudo feito por arquitetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), órgão da Secretaria da Cultura, dá respaldo à restauração, mantendo sua arquitetura original. A importância histórica da construção está no fato de pertencer ao mentor intelectual da Revolução Farroupilha, que em 19 de setembro de 1835, véspera da Revolução, ali se reuniu com outros líderes do movimento, como Bento Gonçalves e Onofre Pires, para tratar da tomada de Porto Alegre, ocorrida no dia seguinte junto à ponte da Azenha. Outro fato ligado à residência envolve Bento Gonçalves. Ali ele morreu, devido a problemas no pulmão, e foi Gomes Jardim, seu primo, que era autodidata em Medicina, quem cuidou dele. A casa está, portanto, ligada à história da cidade e faz parte de um sítio histórico urbano. É visitada por turistas de todo o Brasil, sendo aberta ao público durante a Semana Farroupilha. Localizado na frente do terreno, um cipreste, que deve ter cerca de 300 anos, é considerado um dos maiores símbolos gaúchos. Foi sob sua copa que os cavalarianos revolucionários se reuniram para seguir em direção a Porto Alegre.
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