Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Invest RS palestram sobre reconstrução do Estado e investimentos na Expodireto
Apresentação foi realizada na Arena Digital
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Plano de desenvolvimento econômico gaúcho: impulsionando a abertura de mercados e inovações no agro foi o título da palestra que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e o presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki, apresentaram nesta terça-feira (11/3), na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Na ocasião, foram detalhados o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável e a atuação da nova agência de desenvolvimento do RS, que tem entre as suas atribuições principais a atração de investimentos.
Polo abriu a palestra falando sobre o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável. Integrado ao Plano Rio Grande, o Plano de Desenvolvimento é o guia para reconstruir um Estado mais resiliente e forte economicamente, destacou o secretário, citando as cinco prioridades estratégicas que o compõem – capital humano, inovação, infraestrutura, recursos naturais e ambiente de negócios, sendo o último abordado com mais ênfase.
“Qualquer empreendimento que vier para o Estado, ou qualquer empresa que for expandir o seu negócio, investe no RS, mas está fisicamente em um município. Proporcionar um ambiente de negócios melhor é fundamental para que o empreendedor decida onde irá se instalar. O governador Eduardo Leite fala com muita frequência que você não pega o empresário pela mão e o obriga a ficar em determinado local. Você tem que criar as condições para que ele se sinta motivado a fazer investimentos”.

A educação foi abordada pelo secretário como um dos principais investimentos feitos pelo governo. Polo citou que o Estado possui 1.041 escolas de Ensino Médio estaduais. Até 2022, 18 dessas eram de turno integral. O ano de 2024 fechou com 297 instituições de ensino nesta modalidade. “Estamos qualificando a formação de jovens e adolescentes, pois eles serão os responsáveis, no futuro, pelo nosso desenvolvimento”.
Outra aposta do governo do Estado para a economia é na área da saúde. Citando o Complexo da Santa Casa, localizado em Porto Alegre, Polo explicou que muitas pessoas vêm de outras cidades – e até de outros estados – fazer procedimentos médicos no hospital e acabam movimentando diversos setores econômicos, como hotelaria, transporte, de alimentação e, até turismo, uma vez que os pacientes e seus acompanhantes acabam ficando vários dias no RS para completar seu tratamento.
Investimentos no RS
Na sequência, Polo falou sobre os grandes investimentos anunciados para o Estado, como os R$ 24 bilhões da CMPC – cujo projeto em Barra do Ribeiro tornará a região o maior eixo de produção de celulose do mundo – e o da Scala Data Centers, que construirá uma cidade de data centers em Eldorado do Sul, colocando o RS no mapa mundial das maiores infraestruturas de tecnologia.
O investimento em turismo, como o da rede francesa Club Med, que construirá um resort em Gramado, também foi citado. “Como o Club Med já tem uma carteira de clientes de 50 mil pessoas, será benéfico para a promoção do RS”, explicou.
Incentivos à agroindústria
O titular da Sedec apresentou os números do Fundo Operação Empresa do RS (Fundopem/RS) e Fundopem Recupera, ações coordenadas pela secretaria. Polo ressaltou que os programas estão disponíveis também para as agroindústrias, sendo uma importante ferramenta para quem quer expandir seus negócios ou abrir uma nova indústria.
Agronegócio
Seguindo a temática da inovação que permeia a Expodireto, Polo mostrou alguns dados sobre as startups do agro. O Rio Grande do Sul está em segundo lugar no número das chamadas agtechs no Brasil, ficando atrás somente de São Paulo.
A agtechs gaúchas antes da porteira, assim chamadas por atuarem em atividades que antecedem a produção agrícola e pecuária, atuam, em sua maioria, nas áreas de fertilizantes, marketplace de insumos e crédito. Já as dentro da porteira, que trabalham em setores que envolvem a produção, têm foco em sistema de gestão de propriedade rural, drones, máquinas e equipamentos e plataformas integradoras de sistemas.
As agtechs depois da porteira atuam na armazenagem, distribuição e logística. No RS, os setores que se destacam são os de alimentos inovadores, biodiversidade e sustentabilidade, plataformas de negociação e venda de produtos agropecuários.
Invest RS
Rafael Prikladnicki iniciou sua fala sobre o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, destacando que nos últimos meses foram trabalhados os eixos 1 e 2, que dizem respeito ao diagnóstico da estrutura econômica do Estado e o desenvolvimento de indicadores de desempenho, priorização de novos investimentos e mapeamento de projetos.

O presidente da Invest RS também explicou o trabalho que vem sendo feito pela instituição. Com foco nas diretrizes e setores priorizados no Plano de Desenvolvimento, a agência articula projetos de atração de investimentos para o Estado e promoção comercial dos produtos gaúchos no Brasil e no mundo.
“A Invest RS vai fazer a articulação e os alinhamentos e gerar valor ao trabalhar na agenda de desenvolvimento do Estado. Os outros estados já fazem isso. É uma ferramenta que o Estado coloca à disposição da sociedade. Não tinha feira melhor para iniciar este trabalho. Estamos dizendo que vamos onde as oportunidades estiverem. Vamos rodar o mundo apresentando o Rio Grande do Sul, ouvindo o que o governador chama de rumores de investimento e atrairmos estas possibilidades”, finalizou Prikladnicki.
Texto: Ascom Sedec
Edição: Secom