Segunda edição do Seminário do Plano Rio Grande apresenta ações de reconstrução na Expointer
Com presença do governador Eduardo Leite, evento destacou projetos de reconstrução, adaptação e resiliência climática do RS
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Ao longo da segunda-feira (1/9), no auditório da Famurs na Expointer, foi realizada a segunda edição do Seminário do Plano Rio Grande, evento organizado pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg) que debate as ações de reconstrução em marcha no Estado.
Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Propostas do Plano Rio Grande
Com a presença do governador Eduardo Leite, que esteve à frente da abertura do evento, o seminário trouxe os principais projetos em andamento que fazem parte da carteira do Plano Rio Grande, o programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Rio Grande do Sul.
"Durante as enchentes, tivemos centenas de pontos de impacto no nosso Estado: rodovias, pontes, casas, bairros inteiros. Tivemos que cuidar de tudo isso ao mesmo tempo, esse foi e segue sendo o tamanho do nosso desafio", afirmou o governador.
Leite recordou em sua fala a importância do programa Fundo a Fundo, do Plano Rio Grande, que possibilitou o envio de recursos rápidos e diretos aos municípios gaúchos após a calamidade.
“O Plano Rio Grande tem um sistema de governança estruturado, com eixos bem definidos, que nos permite pensar projetos e entregar ações com precisão”, detalhou o governador.
Leite mencionou ainda os avanços na reconstrução das estradas do Rio Grande do Sul, como as obras em andamento na RSC-287, rodovia que receberá pontes mais extensas e mais altas do que as anteriores.

Outros eixos de ação
Na sequência, o seminário se dividiu em três blocos. O primeiro painel teve como título “O Plano Rio Grande em pauta” e reuniu gestores da Serg. Durante a sua fala, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, apresentou os diferentes eixos (diagnóstico, resiliência, preparação, emergência, recuperação e governança) que estruturam o Plano.
“Ao mesmo tempo, fazem parte dessa estrutura o diálogo permanente com os municípios e com a comunidade científica”, assinalou Capeluppi.
Já Angela de Oliveira, secretária-adjunta da Serg, afirmou que “as ações emergenciais, que foram realizadas logo após as enchentes, hoje estão catalogadas no Plano Rio Grande e sendo avaliadas para se tornarem perenes”.
Comitê Científico
Em seguida, foi a vez dos debates abordarem o Comitê Científico do Plano Rio Grande, órgão responsável pela articulação entre gestores do estado e a academia na apreciação dos projetos e demandas recebidos.
O painel reuniu Joel Goldenfum, secretário executivo do Comitê Científico, a prefeita de Eldorado do Sul, Juliana Carvalho, e o relator do projeto de contenção de cheias para Eldorado, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho.
Sistemas de proteção
Os sistemas de proteção contra cheias, previstos para as bacias do Jacuí, do Gravataí, do Taquari-Antas, do Caí e do Sinos, bem como do Arroio Feijó, foram objeto da discussão.
No caso de Eldorado do Sul, o governo do Estado já assinou o contrato para atualização do anteprojeto do sistema de proteção contra cheias. “A cidade de Eldorado do Sul exemplifica vários desses debates. Foi das cidades que mais sofreram com as enchentes e depende das novas obras para se tornar uma cidade segura para os seus habitantes”, afirmou a prefeita Juliana Carvalho, que ressaltou a contribuição do Comitê Científico nos trabalhos de preparação dos novos sistemas.
Ações da Defesa Civil
As ações da Defesa Civil no âmbito do Plano Rio Grande nortearam o terceiro e último painel do seminário, que contou com a presença do chefe da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, e os prefeitos de Encantado, Jonas Calvi, e de Muçum, Mateus Trojan.
Boeira afirmou que “o Rio Grande do Sul enfrentou os maiores desastres da sua história nos últimos dois anos”.
“Quando formamos essa equipe, fizemos o diagnóstico do que precisávamos para enfrentar esse desafio. Agora, com os investimentos do Plano Rio Grande, poderemos estar à altura do que as circunstâncias nos exigem”, ressalta Boeira, que menciona como exemplo a recente contratação de novos radares para a cobertura meteorológica de todo o Estado.
Texto: Iuri Müller/Ascom Expointer
Edição: Anderson Machado/Ascom Expointer