O VI Seminário de Turismo Ecológico e I Fórum de Turismo Aventura que está sendo promovido em Torres, pela Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do RS, em parceria com a Prefeitura Municipal, destacou hoje (27), para os agentes e operadores gaúchos destes segmentos turísticos, as estratégias de venda e promoção dos produtos existentes como forma de sobrevivência das pequenas empresas. Cerca de 150 pessoas, entre profissionais e estudantes participam do encontro. Natural de Torres, mas radicado em São Paulo há vários anos, o jornalista e editor da Revista Business Travel, Rogério Ruschel, foi um dos palestrantes do dia. Entre outros títulos, ele é o realizador da Bienal de Ecoturismo de Canela, que implantou, em 1994, as bases institucionais da atividade no país. Ruschel fez uma análise do ecoturismo no contexto dos negócios, para lembrar que toda a atividade econômica tem de atender o interesse do consumidor, que a promoção é parte importante e nada pode ser feito sem parcerias, inclusive no turismo ecológico. Até a galinha canta para anunciar o ovo, afirmou o jornalista, enfatizando que turismo não se estoca, temos de ir ao mercado para competir e não podemos ficar culpando o governo pelo nosso fracasso. Para o especialista, turismo ecológico é um programa excitante em um ambiente natural, que exige motivação e promoção. Ao lado de outras questões fundamentais, como segurança, infra-estrutura e recursos humanos adequados, ele sugere a criação de programas especializados de rádio, de mapas qualificados, roteiros-surpresa e até tíquetes de férias, como incentivo ao setor. Uma mesa redonda sobre O Meio Ambiente como Promotor de Vendas ocorreu após a palestra de Ruschel, com a participação do representante da ONG No Stress, Paulo Alberton. Originada em Garopaba (SC), esta é uma marca que hoje está presente em 26 países, sendo que, no Japão e na Alemanha, a organização recebe 48% de abatimento nos impostos devido à causa ambiental que motiva o empreendimento. Também a Copesul, uma das empresas do Pólo Petroquímico gaúcho, participou deste trabalho, através de seu assessor de Comunicação, João Ruy Dornelles. Hoje, o pólo abrange 2.500 hectares de indústrias, com 13 mil hectares de área verde. A executiva de negócios da Adventure Sports Fair, Cristina Amaral, encerrou os debates do dia, divulgando a quarta edição do evento, que ocorrerá em novembro. Ela representa uma das maiores feiras de turismo aventura da América do Sul, que ocorre anualmente no Parque Ibirapuera, em São Paulo. No ano passado, 76.500 pessoas visitaram a Adventure Sports Fair, que gerou em torno R$ 47 milhões em negócios. A feira também funciona como vitrine para outros setores, como roupas e equipamentos.