A cadeia binacional do PET, projeto desenvolvido conjuntamente por cooperativas do Rio Grande do Sul e do Uruguai, será um dos itens da agenda de conversações que o governador em exercício, Beto Grill, manterá no decorrer da missão àquele país. A viagem, que se inicia nesta quarta-feira (11), contará com a presença do adjunto da secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), Everton Luis Gomes Braz.

De acordo com Braz, por ocasião do Encontro Estadual de Empreendimentos Econômico Solidários, realizado na Capital em novembro, Uruguai e Rio Grande do Sul assinaram o termo de cooperação para a constituição da Cadeia Solidária Binacional do PET.

Na oportunidade foi firmado o termo de cooperação entre o Governo do Estado, por meio da Sesampe, e o governo uruguaio, por meio do Instituto Nacional de Cooperativismo da República Oriental do Uruguai - INACOOP, com o objetivo de promover ações.

Braz assinala que o acordo firmado representa um marco legal nas relações do estado gaúcho com o país vizinho no desenvolvimento da economia solidária. O termo prevê que a transformação do PET em flake seja realizada por empreendimentos gaúchos. Após esta fase, o material será enviado para a cooperativa uruguaia Coopima, que do flake fará a fibra. Essa fibra vai para uma cooperativa têxtil de Minas Gerais que, a partir dela, cria o fio e envia para as cooperativas do Rio Grande do Sul que irão, com este tecido, confeccionar sacolas e outros produtos.

Para implementar o projeto serão instalados cinco polos no Rio Grande do Sul de tratamento e transformação do PET em flake nas regiões Sul, Noroeste-Colonial, Vale dos Sinos, Metropolitana e a Capital.

A delegação gaúcha no Uruguai contará também com a participação de integrantes da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção de Investimentos (SDPI), Infraestrutura e Logística (Seinfra), Meio Ambiente (SEMA) e Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT).

PET SOLIDÁRIO
A diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária (Difesol), da Sesampe, Nelsa Nespolo, assinalou que a economia solidária é uma estratégia de desenvolvimento. Inclui pessoas, protege o meio ambiente e distribui renda. É tão importante que os segmentos constroem em diferentes partes do Brasil, a economia solidária.

Lembrou que, durante o Encontro Estadual, os participantes discutiram propostas de construção coletiva aos setores de agricultura familiar, artesanato, alimentação, confecção, construção civil, metalurgia, habitação, reciclagem e serviços. Organizados por segmento produtivo e, num segundo debate, por inter-setores, os grupos de trabalho avaliaram o que podem construir coletivamente e os desafios na perspectiva de produção, comercialização e gestão. Entre outros, participaram daqueles debates os empreendimentos Coopsol (Porto Alegre), Sul Ecológico (Pelotas), Grupo Sementes (Porto Alegre), Coolabore (Campo Bom) e Cooesperança (Santa Maria).

O RS conta com 2,5 mil empreendimentos já mapeados e identificados como iniciativas econômicas, rurais e urbanas, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente. A economia solidária é uma forma coletiva de produção, comercialização e consumo baseada em princípios de autogestão, democracia e preservação da vida e do meio ambiente, através de cooperativas, associações e grupos.

Texto: Assessoria de Imprensa - Sesampe
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