Sesampe promove reunião da Cadeia Solidária Binacional do PET
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A Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), por meio do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária (Difesol), promoveu, nesta quarta-feira (30), a primeira reunião de 2013, com os coordenadores de todos os elos da Cadeia Solidária Binacional do PET, no Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre. A pauta de trabalho abordou os gargalos identificados pelos envolvidos e os encaminhamentos de propostas e ações para dissolver os entraves, que permitirão avançar efetivamente em todos os processos para consolidar a cadeia produtiva.
Questões como infraestrutura, custos, logística, transporte, frete e captação de recursos foram os principais temas discutidos pelos representantes das centrais de cooperativas de catadores das regiões envolvidas; das prefeituras de Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo e Jaguarão, que são as cidades-polo; da Cooperativa de Produção Têxtil de Pará de Minas (Coopertêxtil), de Minas Gerais; do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS); da Rede Del Sur; e do Instituto Nacional de Cooperativismo (Inacoop) e da Cooperativa Industrial Maragata (Coopima), do Uruguai.
A primeira máquina de moagem de PET já foi entregue para a central de beneficiamento de Santa Cruz do Sul. O polo de Novo Hamburgo receberá o equipamento em fevereiro; e, em março, o equipamento será instalado no polo de Jaguarão. O projeto prevê a instalação de cinco polos, no Rio Grande do Sul. Segundo a diretora do Difesol, Nelsa Fabian Nespolo, que coordenou a reunião, já está escolhida a cidade de Passo Fundo, na Região Norte, para sediar o 4ª polo da Cadeia do PET. O polo de plástico mole, em Canoas, está previsto para ser instalado até o final deste ano.
Cadeia do PET obterá prova da fibra até abril
A primeira prova da fibra sintética confeccionada a partir da garrafa PET será obtida entre março e abril deste ano. Sairá da Coopima, em San José, no Uruguai, para ser transformada em fio e tecido na Coopertêxtil, em Pará de Minas, em Minas Gerais. O tecido produzido dentro da Cadeia Solidária Binacional do PET será utilizado para confecção de sacolas, camisetas, cortinas, calçados e mochilas, entre outros artefatos.
No âmbito da Cadeia Solidária Binacional do PET atuam, no Rio Grande do Sul, 135 cooperativas e associações de catadores, que coletam, reciclam e prensam as garrafas. São recolhidas do meio ambiente, mensalmente, mil toneladas de garrafas PET. Nesta fase do projeto estão envolvidos 2.079 trabalhadores. As garrafas PET são encaminhadas para os três primeiros polos instalados em Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo e Jaguarão. Na Coopertêxtil, em Minas Gerais, cerca de 300 trabalhadores transformarão a fibra, proveniente da Coopima, no Uruguai, em fio e tecido.
Nelsa Nespolo destacou pontos importantes do projeto. São dois países, Brasil e Uruguai, dois estados, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de nove mil trabalhadores diretos e 45 mil trabalhadores indiretamente envolvidos. Todo o processo da cadeia do PET está sob o controle da economia solidária, colocando o segmento como uma forma de desenvolvimento, ressaltou.
Os cinco elos da cadeia binacional do PET
A Cadeia Solidária Binacional do PET está organizada em cinco níveis. Os elos da cadeia produtiva compreendem os catadores organizados em cooperativas; as centrais de cooperativas Coomcat, Coopetsinos e Coopetsul, abrangendo as regiões do Vale do Rio Pardo, Vale dos Sinos, Metropolitana e Delta do Jacuí e Sul, respectivamente; e os coordenadores de cada um dos polos de processamento do PET em flake, da Coopima, Coopertêxtil e das cooperativas de costureiras. As instancias coordenativas da Cadeia do PET geral e ampliada atuam como propositoras e interlocutoras e promovem ações e políticas para a efetiva consolidação do projeto binacional do PET.
Texto: Assessoria Sesampe
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305