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Setor vitivinícola convida governadora Yeda para seminário na Metade Sul

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Discutir os problemas conjunturais ligados à viticultura no Estado será a tônica principal do 6º Seminário de Vitivinicultura da Metade Sul do RS, que será realizado na próxima semana, em Bagé, entre os dias 13 e 15.

Nessa quinta-feira (7), o secretário de Turismo, José Heitor Goulart, o presidente do Comitê de Fruticultura da Metade Sul, Luiz Pureza Nunes, o assessor especial da Diretoria da Emater/RS-Ascar, Ricardo Schwarz, e a representante da Comissão Organizadora do evento, Madalena Borba, convidaram a governadora Yeda Crusius a prestigiar a sexta edição do seminário.

O evento é uma realização do Comitê de Fruticultura da Metade Sul, da Embrapa Uva e Vinho, do Ibravin, da AbFrut, da Emater/RS-Ascar, das prefeituras de Bagé e de Candiota, e será realizado no Clube Comercial de Bagé. O encontro também será uma oportunidade para que os mais de 500 participantes esperados conheçam novas tecnologias do setor.

O fórum também irá proporcionar a qualificação de técnicos e produtores, que atuam na área da viticultura. Os avanços tecnológicos, somados à crescente adesão de novos protagonistas na área da Vitivinicultura e ao interesse permanente dos produtores, pesquisadores e demais atores do processo de produção, têm garantido o sucesso do evento.

Um dos destaques da programação deste ano é a palestra ministrada pelo agrônomo chileno Ernesto Labra Lillo, que aborda a Experiência Chilena na Produção Orgânica de Uvas para Vinho - Selo Social.

Lillo destaca a história empreendida, desde 2002, por 15 pequenos viticultores da zona central do Chile (Provincia de Cauquenes), que, antes da iniciativa, viviam abaixo da linha de pobreza. Hoje, eles são a Sociedad Terra Orgánica LTDA, que exporta vinho para a Suíça, com um retorno financeiro cinco vezes maior do esperado.

Além de Um novo horizonte para o sul do Rio Grande do Sul, como o que será abordado pelo agrônomo chileno, outras apresentações irão auxiliar no entendimento da realidade atual e indicar os caminhos a serem seguidos.

Como na palestra A realidade do Mercado Brasileiro de Vinhos - Uma análise Crítica, que será apresentada pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, José Fernando da Silva Protas, ou ainda no Painel Quem é e o que deseja o consumidor brasileiro- Estudo do Mercado Brasileiro de Vinhos e Espumantes, apresentado pela Market Analysis e debatido por representantes de vinícolas e atacadistas.

A realidade da vitivinicultura na metade Sul também será abordada. A produção será apresentada na palestra Panorama da Vitivinicultura da Metade Sul (Emater/Ascar); as Características Físico-químicas e Sensoriais de Vinhos das Novas Regiões Vitivinícolas Brasileiras serão apresentadas pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Celito Guerra; e a parte econômica da vitivinicultura será tema do painel Experiências de Investidores em Vitivinicultura na metade sul - Vantagens, Limitações, Demandas e Expectativas, com diversos participantes. Ainda integram a programação palestra sobre A Experiência da ACAVITIS para a valorização da Identidade Regional e Organização dos produtores e um Painel sobre As Políticas Públicas para o Setor e seus reflexos na sustentabilidade da Viticultura. Visitas técnicas à Vinícola Peruzzo, primeira cantina instalada no município de Bagé e aos Vinhedos Quinta do Seival - Miolo Group, em Candiota, também estão na programação.

Vitivinicultura na Campanha e Serra do Sudeste
Iniciativas isoladas em Uruguaiana, Santana do Livramento e Bagé deram início à viticultura na região. Hoje a atividade ocupa espaço expressivo em vários municípios da chamada Metade Sul do Estado (regiões Campanha e Serra do Sudeste), com uma área em torno de 1,7 mil hectare, para uma produção de 11 mil toneladas por ano, quase que exclusivamente de viníferas (vinhos finos). Com essa produção são elaborados 6,3 milhões de litros de vinho.

A safra 2007/2008, segundo avaliação dos técnicos, foi boa, mas há gargalos para a comercialização do vinho produzido, já que aproximadamente 80% dos vinhos finos consumidos no Brasil são importados. Essa falta de competitividade diz respeito aos vinhos importados, principalmente da Argentina e do Chile, e às altas taxas impostas ao vinho nacional, que chegam a atingir até 50% do seu valor, diz o assistente técnico regional de Fruticultura da Emater/RS-Ascar de Bagé, Tailor Garcia.

A uva produzida na região da Metade Sul representa aproximadamente 13% de produção estadual, que é de 83 mil toneladas. A área corresponde a 20% da área total no RS cultivada com viníferas.

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