Em apenas dois dias de operação, a equipe da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) já dragou 10% do total de sedimentos a serem removidos do leito do Canal Miguel Da Cunha, entre os municípios de Rio Grande e São José do Norte, no Sul do Estado. No trecho de dois quilômetros, que estava ameaçado de interdição pela Marinha do Brasil devido ao assoriamento, é feita a travessia aquaviária de passageiros, veículos e carga através de lancha e balsas.

Para o superintendente de Portos e Hidrovias, Pedro Obelar, o levantamento dos dois primeiros dias de serviço é bastante positivo e poderá antecipar o prazo inicial estimado pelos técnicos para a finalização dos trabalhos. Se mantivermos este ritmo, a expectativa é de que a conclusão da dragagem para o desassoreamento do Miguel da Cunha aconteça antes dos 90 dias estabelecidos inicialmente, avalia.

A dragagem do canal teve início no dia 17 de fevereiro, mas em razão dos fortes ventos ocorridos durante um temporal em Rio Grande, parte dos equipamentos ligados à draga se deslocou, obrigando a suspensão temporária dos serviços. O grupo só parou a dragagem para recuperar a posição dos equipamentos. Na terça-feira (19), nosso pessoal retomou o trabalho com uma jornada de 12 horas e mostrou o resultado melhor do que o esperado, disse o superintendente.

Travessia de passageiros
Ainda nesta quinta-feira (21), o diretor de Hidrovias da SPH, Valmir Silveira, reúne-se com a Marinha do Brasil para tratar dos termos técnicos e administrativos que darão condições de fluxo para a passagem das lanchas no canal. A previsão é de que apenas a travessia aquaviária de passageiros aconteça enquanto a dragagem ocorre. A expectativa é que a navegação de lanchas naquele trecho aconteça no começo da manhã e ao final da tarde.

A SPH destaca que a dragagem não será suspensa, mas haverá uma adequação das ações durante o período dos transporte dos passageiros.

Texto: Cristiane Franco
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305