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SSP apresenta ações de combate a crimes rurais a comissão da AL

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Crimes rurais
Secretário interino da SSP, coronel Everton Oltramari, apresentou as iniciativas desenvolvidas ao longo do atual governo no - Foto: Claiton Silva/ Ascom SSP

A primeira reunião de trabalho da Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários teve como pauta as ações das instituições da Segurança Pública do Rio Grande do Sul. O secretário interino da SSP, coronel Everton Oltramari, apresentou as iniciativas desenvolvidas ao longo do atual governo no encontro ocorrido nesta quinta-feira (28) no Espaço Convergência da Assembleia Legislativa (ALRS).

No primeiro semestre deste ano, o RS registrou queda de 23,5% neste tipo de delito, em comparação ao mesmo período no ano anterior. Para Oltramari, isso é reflexo do trabalho desenvolvido pela SSP e pelas forças policiais do estado. “No RS, 93% dos casos de abigeato estão concentrados em 40 municípios. Sabemos quais são as prioridades e desenvolvemos uma metodologia de trabalho bem-sucedida, que já apresenta resultados”, afirmou.

Presentes à reunião, o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Mário Ikeda, e o subchefe da Polícia Civil, delegado Leonel Carivali, detalharam as ações de suas corporações. Entre as iniciativas citadas, estão a criação da força-tarefa interinstitucional coordenada pela SSP e também a exclusiva da Polícia Civil, iniciativas decisivas para a redução dos crimes rurais.

“Nos últimos dois anos, intensificamos as patrulhas rurais e reforçamos a parceria com órgãos de segurança do Uruguai e da Argentina, em operações nas regiões de fronteira. O acréscimo do efetivo ocorrido em 2017 possibilita também a ampliação do que já vem sendo feito”, frisou Ikeda.

Com relação às atividades de investigação, Carivali observou que a força-tarefa da Polícia foi fundamental para o dimensionamento da demanda existente e para a criação das Delegacias Especializadas em Crimes Rurais e Abigeato (Decrabs), instituídas por decreto pelo governador José Ivo Sartori em 31 de agosto.

As Decrabs terão como sedes principais os municípios de Bagé, Camaquã e Santiago e sedes complementares em Cruz Alta e Rosário do Sul. “A instalação das unidades não parte só da estrutura física. É necessário também selecionar os policiais com o perfil adequado e identificar os municípios que se enquadram melhor para receber as delegacias, dentro da estratégia operacional adotada”, salientou.

De acordo com a PC, a cadeia criminosa que envolve os crimes rurais é extensa e ramificada. A carne abatida ilegalmente e os defensivos agrícolas roubados são vendidos, em grande parte das ocorrências, em outras regiões do estado.

“Isso demonstra o poder de organização dos criminosos e exige um grau de especialização maior por parte das equipes de investigação. Torna-se necessária a observação de aspectos como a análise contábil dos suspeitos e o desmantelamento da rede de receptação”, destacou o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Fernando Sodré de Oliveira.

Parceria 

Para o deputado estadual Sérgio Turra, presidente da frente parlamentar, outros órgãos governamentais devem fazer parte do esforço conjunto, tendo em vista que os crimes rurais também representam ameaças à saúde pública e queda de arrecadação, devido à sonegação fiscal. “A colaboração das instituições responsáveis pela fiscalização de cargas, estabelecimentos comerciais e pela vigilância sanitária aumentará certamente a eficácia”, afirmou.

Oltramari reiterou que as dificuldades estruturais podem ser superadas com a integração do poder público e sociedade civil. “A colaboração das entidades representativas do setor produtivo é essencial para o sucesso. As delegacias dependem muito do apoio dos sindicatos rurais e das associações de produtores. Sabemos que há o interesse e trabalharemos para que o relacionamento seja ainda mais estreito”, garantiu.

Segurança é modelo ao Ministério Público

Os resultados obtidos pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, inaugurada em dezembro de 2016, chamaram a atenção do Ministério Público do RS, que montou uma estrutura específica para tratar do tema. De acordo com o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, promotor Luciano Vaccaro, essa ação pode ser replicada para o combate aos crimes do campo.

“A experiência exitosa com relação à lavagem de dinheiro gerou mais aproximação no cotidiano das atividades de ambas as instituições. Na medida em que as Decrabs forem se consolidando, podemos dar início ao projeto piloto de uma promotoria especializada nessa área”, assegurou. 

Texto: Claiton Silva / Ascom SSP
Edição: Léa Aragón/ Secom

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