Subestações da CEEE são entregues em Uruguaiana e Santa Maria
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O Governo do Estado, através da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) entrega, nesta quarta-feira (08), as obras de ampliação das subestações de Uruguaiana 5 e Santa Maria 3, duplicando a capacidade de abastecimento dessas duas unidades de energia da empresa pública. Em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, a solenidade será realizada, às 10h, junto à subestação, localizada na BR 290, km 617; e em Santa Maria a entrega da unidade de energia ocorre, às 15h30, na BR 392, km 6/7, faixa de São Pedro do Sul, distrito industrial da cidade universitária. Em Uruguaiana, ocorre, ainda, às 11h30, evento conjunto com a Sulgás, de assinatura do Memorando de Entendimentos para a Implantação da Rede Canalizada de Gás Natural no município, possibilitando a utilização do novo combustível nos segmentos industrial, comercial e veicular. Estarão presentes aos eventos o governador do Estado, Olívio Dutra; a secretária de Energia, Minas e Comunicações, Dilma Rousseff; o presidente da CEEE, Vicente Rauber; e o presidente da Sulgás, Giles Carriconde de Azevedo, além de autoridades e representantes das comunidades locais. Plano Emergencial As obras de energia em Uruguaiana e Santa Maria integram o segundo plano emergencial que vem sendo realizado pela Companhia para ampliar a área energética do RS. Em conjunto com outras obras, já em operação, o reforço nestas subestações amplia a infra-estrutura do sistema de transmissão de energia elétrica energética do Estado. Em Uruguaiana, a CEEE investiu R$ 2,32 milhões e as melhorias beneficiam todo o município, que tem uma população de 128.186 mil habitantes. Em Santa Maria, foram utilizados recursos na ordem de R$ 3,85 milhões para ampliar a subestação, que atinge 243.392 mil habitantes, aumentando a confiabilidade e a disponibilidade de energia elétrica também às cidades de São Sepé, com 24.643 habitantes, e Caçapava do Sul, com 34.427 habitantes. De 1999 até hoje, o total de investimentos no Rio Grande do Sul na área de energia elétrica, executado em conjunto pelas empresas que atuam no setor, alcançou R$ 600 milhões. Somente a CEEE, especificamente na infra-estrutura da transmissão, investiu R$ 150 milhões, valor que até agora já ultrapassa os R$ 300 milhões, incluindo as áreas de geração e distribuição de energia. Em 2002, a previsão da Companhia é aplicar outros R$ 163 milhões. Obras em todo Estado Em março último, a CEEE colocou em operação o terceiro ponto de conexão de energia em 500/230 mil Volts ao Sistema Interligado Nacional. Com a entrada em operação do Seccionamento da Linha de Transmissão em 230 mil Volts Farroupilha X Campo Bom, e a conseqüente extensão desta linha até a Subestação Caxias do Sul, foi possível aumentar a disponibilidade de transmissão de energia no Rio Grande do Sul de 4.050 MW (megawatts) para 4.600 MW. Nesta etapa do projeto Itá X Caxias X Litoral a empresa instalou, em tempo recorde, 63 estruturas de aproximadamente 25 metros, em circuito duplo, e realizou obras na subestação Caxias para que a energia recebida através do Sistema da Eletrosul, em 500 mil Volts, pudesse ser escoada pelas redes de 230 mil Volts da CEEE. Até o final do primeiro semestre de 2002, o restante das obras da CEEE, formado pela ampliação das subestações Caxias 2, Taquara e Osório 2, mais a construção das linhas entre as subestações Caxias e Caxias 2, Caxias e Taquara e Taquara e Osório 2, totalizando 150 quilômetros, estarão concluídas e irão garantir uma folga no abastecimento de energia aos gaúchos. O investimento total da CEEE no projeto é de R$ 60 milhões. Segundo o presidente da CEEE, o projeto anteriormente previsto para estar totalmente em operação ainda no último verão, pode ter o seu cronograma alterado, em função da queda do consumo de energia elétrica no Estado, uma conseqüência das ações de racionalização adotadas pelos consumidores em 2001, que provocou uma redução de aproximadamente 7% no consumo de energia elétrica no Rio Grande do Sul. A disponibilidade de energia no Estado, após a conclusão de todas as obras que ainda encontram-se em execução - pela CEEE e por outras empresas de energia - será de 4.960 megawatts, o que é 46% maior do que a capacidade existente em janeiro de 1999. Há três anos, o sistema gaúcho suportava, no máximo, uma demanda de 3.400 MW. O presidente da CEEE lembra que, no verão de 1999, foram feitos 31 cortes de energia, por absoluta incapacidade de atendimento, situação que desde então não se repetiu exatamente pelas obras realizadas. Uma das obras consideradas fundamentais para alterar o panorama elétrico local foi executado ainda em 1999 e permitiu que o Rio Grande do Sul tivesse, a partir de Santa Ângelo, um segundo ponto de conexão ao Sistema Interligado Nacional. No Projeto de Interligação Norte e Oeste (PINO), a empresa aplicou R$ 45 milhões na construção, em apenas oito meses, de 227 quilômetros de linhas de transmissão e na ampliação de quatro subestações (Santo Ângelo, Santa Rosa, Maçambará e São Borja), o que aliado às obras da Eletrosul, totalizaram R$ 133 milhões. Até então, toda a energia que vinha do sistema Sul-Sudeste era recebida somente através da subestação Gravataí 2. A CEEE faz a transmissão (transporte em grosso) da energia elétrica a todas às regiões do Estado através de 52 subestações e mais de cinco mil quilômetros de linhas. Além disso, a Companhia também é responsável pela geração de energia em suas 15 usinas hidrelétricas e pelo atendimento direto aos 1,27 milhão de consumidores, nos 72 municípios que compõem a sua área de abrangência, nas regiões Sul e Sudeste do Rio Grande do Sul. Gás Natural O compromisso do Governo do Estado é expandir a obra do city-gate de gás natural até o distrito industrial, oferecendo à população de Uruguaiana uma nova alternativa energética que aporta benefícios sociais, econômicos e ambientais. O memorando de entendimentos é celebrado entre a Sulgás, o Fórum de Desenvolvimento de Uruguaiana, a Prefeitura Municipal de Uruguaiana e o Estado do Rio Grande do Sul, através das Secretarias de Energia, Minas e Comunicações (SEMC) e de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai). No atual Governo, a Sulgás já fez investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões em Uruguaiana. Construiu cinco quilômetros de rede de gás natural para ligar o gasoduto de transporte à usina termogeradora da AES, gerando hoje 500 MW, consumindo 2,3 milhões de m3/dia de gás argentino. Através do presente memorando, a Sulgás se compromete em promover ações, em parceria com o poder público municipal, que atraiam novos consumidores e incentivem o incremento do consumo do gás natural. Energia barata, de impacto ambiental positivo, energia limpa, o gás natural passou a existir neste Governo e marca uma nova era para o desenvolvimento do Estado, gerando empregos e renda. O Governo do Estado pretende iniciar a obra do city-gate até o complexo industrial em setembro deste ano com inauguração prevista para o ano de 2003.O custo estimado da obra é de R$ 2 milhões com extensão de oito quilômetros, utilizando dutos de seis polegadas. A participação das indústrias de arroz foi um auxílio necessário para o projeto e com isso a Sulgás fará o investimento para a complementação do entroncamento da obra. A projeção feita pela Sulgás para consumo de gás entre as cooperativas e de um posto interessado, é em torno de 8 a 9 mil m3/dia. Com a entrada prevista de uma indústria de vidros - Indústrias Americanas Integradas(Coadim), esse consumo dobraria. Integram as cooparadas a Cooperativa Agrícola Uruguaiana Ltda (Caul), Cereiais Rosalito Ltda, Thedy e Thedy Ltda-Cooplantio, Cooperativa Pastoril, B.K. Energia. O posto interessado é o Comercial Swanck. A importância do gás natural neste ponto da fronteira - que terá um custo de 30% a menos na competitividade com o boliviano - é considerada estratégica para o Governo do Estado. Segundo a secretária de Energia, Dilma Rousseff, o futuro do gás passa por Uruguaiana. Torna-se imprescindível a sua entrada por esta cidade, de forma a alavancar o gás pela Fronteira em direção à Porto Alegre. Então, chegou a hora dos domicílios de Uruguaiana também serem beneficiados.