A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul apresentou nesta sexta-feira (12/7) para a imprensa um balanço dos seis primeiros meses da atual gestão. Foram destacadas as diretrizes que apontam para o futuro da autarquia pública, a movimentação do período e também o andamento da dragagem de manutenção do complexo portuário. Conversaram com os jornalistas o superintendente dos Portos, Fernando Estima, o diretor de Gestão, Cristiano Klinger, e o assessor jurídico Saulo Albernaz.

Estima abordou diversos assuntos, entre eles a retomada da dragagem logo no início do ano, a nomeação de uma diretoria técnica e a criação de uma diretoria de Qualidade e Meio Ambiente. Ainda falou sobre os desafios enfrentados com o contrato do Cais Mauá, em Porto Alegre, e também com a travessia de veículos entre os municípios de Rio Grande e São José do Norte.

Sobre a travessia, Estima garantiu que deverão ocorrer na próxima semana simulações para o posterior efetivo início de operação da segunda empresa de transporte. “Além disso, estamos trabalhando no aplicativo para compra de passagens on-line. Isso dará um novo salto para o desenvolvimento do turismo de São José do Norte”, afirmou.

Movimentação

Nos seis primeiros meses deste ano, o Porto do Rio Grande registrou movimentação de 18.605.582 toneladas, uma diminuição de 5,13% com relação ao primeiro semestre de 2018. “Essa retração foi verificada por não termos em 2019 estoques de passagem da soja como no ano anterior e também por reflexos da guerra comercial entre China e Estados Unidos, mas já estamos verificando um aumento da saída de soja”, avalia Estima.

Foram exportadas 11 milhões de toneladas, sendo a China o destino de 50,6% das exportações. As importações tiveram a Argélia como principal origem. Em 2019, ocorreram 1.463 viagens de embarcações pelo complexo portuário. O porto de Porto Alegre registra até o final de junho 462.396 toneladas. Pelotas, até o momento, tem registrado 383.301 toneladas, com os dados consolidados até o mês de maio.

Dragagem

A dragagem de manutenção do complexo portuário de Rio Grande está em andamento e com 88% de conclusão. Deve ser encerrada em agosto, dentro de seu cronograma. “A dragagem teve uma parada e por isso deverá ganhar um aditivo ao contrato original. Isso é um contrato da União, e nosso monitoramento é ambiental. Nesse quesito, com o suporte do SiMCosta [Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira], tivemos um monitoramento exemplar, que servirá aos órgãos federais como exemplo”, garantiu o superintendente.

Indústria

Fernando Estima abordou ainda a necessidade de industrialização do Rio Grande do Sul como ferramenta de desenvolvimento. Destacou o fato de o porto do Rio Grande ter 2,5 mil hectares disponíveis no Distrito Industrial e também mais de 13 milhões de metros quadrados arrendáveis na orla de Rio Grande e de São José do Norte. “Desde 1998 não é feita uma licitação para o porto do Rio Grande”, lembrou. Por fim, ainda manifestou a necessidade de qualificar a apresentação comercial da estrutura portuária gaúcha com o mercado empresarial, principalmente da serra gaúcha.

_{Texto: André Zanobini/Ascom Suprg
Edição: Vitor Necchi/Secom}