A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) comemora, nesta terça-feira (08), 66 anos de existência da Fundação Patronato Lima Drummond. E, para celebrar a data, às 16h30 será inaugurada a biblioteca do estabelecimento penal. Atualmente, o local abriga, coincidentemente, 66 homens do regime aberto e semiaberto.

Pioneirismo
O casarão antigo, localizado no bairro Teresópolis, em Porto Alegre, é conhecido como exitoso na recuperação social em todo o Estado e País. Todos os apenados têm trabalhos, sejam emprego fora ou integrados às atividades laborais internas.

A fundadora do FPLM, a assistente social Maria Tavares, 101 anos de idade, mora até hoje em uma modesta casa de madeira na área do Patronato. Ela dedicou sua vida à causa prisional, acreditando na recuperação social daqueles homens em que a sociedade julgou e condenou junto com a justiça. Para dona Maria, não existem criaturas irrecuperáveis; existem métodos inadequados.

Histórico
O Patronato foi criado em 08 de outubro em 1947, e teve como nome escolhido o do criminalista João da Costa Lima Drummond. O patronato é uma sociedade civil autônoma, vinculada à Superintendência dos Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) e, por contrato, cede suas instalações em troca de recursos materiais e humanos.

A instituição recebe detentos dos regimes aberto e semiaberto, exercendo sobre os mesmos os encargos de acompanhamento de execução penal, vigilância, além de serviços especializados que constituem a sua finalidade como, por exemplo, a orientação técnica, laboral e profissional necessária à consistente reinserção social do punibilizado pelo Poder Judiciário.

Texto e foto: Neiva Motta
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305