Tarso Genro defende aumento de investimentos para enfrentar a crise econômica
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O governador Tarso Genro apresentou, nesta terça-feira (10), as estratégias adotadas pelo Poder Executivo para estimular o crescimento econômico e social do Estado e, assim, enfrentar os efeitos da crise mundial e seus reflexos no Rio Grande do Sul. O pronunciamento ocorreu durante a oitava reunião do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), no Palácio Piratini, que teve como tema A melhor proteção contra a crise é crescermos juntos.
Entre as medidas, Tarso destacou quatro ações principais executadas ao longo do primeiro ano e meio de gestão: utilização de recursos próprios para recuperar as funções públicas do Estado, desenvolvimento de uma política de relações internacionais, reconstrução do espaço fiscal e tomada de recursos da União e de agências financeiras para investimentos em infraestrutura.
De acordo com o chefe do Executivo, a antecipação dessas iniciativas também foi determinante para minimizar os efeitos da crise na economia do Estado. Nós conseguimos nos precaver e tomar as medidas contra a crise antecipadamente. Se iniciássemos a busca de recursos agora, eles não viriam a tempo. Nós estamos adiantados em relação aos outros Estados e isso é resultado, também, do trabalho dos conselheiros, reconheceu, ao solicitar auxílio do colegiado na busca de soluções para o déficit previdenciário do RS.
Investimentos
Para o governador, a estratégia aplicada permitiu que o Estado se estabilizasse financeiramente para buscar recursos do orçamento da União (R$ 316 milhões), do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID (US$ 250 milhões), do Banco Mundial - Bird (US$ 480 milhões) e do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (R$ 1,2 bilhão). A visão que nós anunciamos no começo do governo foi totalmente cumprida. Hoje nós somos um Estado em que não faltam recursos para investimentos.
Tarso destacou ainda o repasse de R$ 785 milhões pelo Governo Federal que possibilitará a renegociação das dívidas e a aplicação de recursos no valor de R$ 2,1 bilhões para investimentos em energia, R$ 2,8 bilhões em saneamento e R$ 2,7 bilhões destinados às estradas.
Isso simboliza o fechamento de uma estratégia de combate às desigualdades sociais e regionais e nos remete para um novo tipo de gestão, da qual o CDES é uma parte importante, pois foi daqui que partiram esses debates, disse o governador, ao ressaltar os resultados apresentados por programas como o Microcrédito (R$ 40 milhões liberados), Política Industrial (R$ 1,8 bilhão captado junto ao Badesul), Plano Safra Gaúcho (R$ 1,5 bilhão para este ano), Arranjos Produtivos Locais (20 projetos aprovados e cinco em andamento), Parques e Polos Tecnológicos (R$ 29 milhões investidos), Mais Água, Mais Renda e o novo Fundopem.
Entidades
A reunião do CDES também teve a participação de entidades convidadas a opinar sobre as políticas adotadas pelo governo estadual. O presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), Ricardo Russowsky, elogiou a política industrial e as modificações no Fundo Operação Empresa do Estado (Fundopem), mas reiterou o pedido para que o Conselho encontre uma solução para o déficit previdenciário. Este é um problema que se agrava há muitos anos e, enquanto não for resolvido, poderá comprometer os demais investimentos.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, apontou avanços obtidos pelo novo Fundopem ao estimular a expansão e atração de indústrias. O alerta que se faz necessário está na conjuntura atual, porque, antes de se expandir, as empresas privadas necessitam de apoio emergencial para sobreviver a essa crise. Müller disse ainda que o diálogo proporcionado pelo Conselhão é fundamental para a evolução da sociedade. A partir desse diálogo, se espera transformar os conceitos em ações concretas para o desenvolvimento do nosso Estado.
Após as manifestações do governador e dos presidentes da Fiergs e da Federasul, a reunião do pleno do CDES-RS prosseguiu com as participações de conselheiros e dirigentes das demais entidades, como Sebrae, Fetag, Farsul, CUT e Fecomércio.
Texto: Juliano Pilau
Foto: Caco Argemi
Edição: Redação Secom (51)3210-4305