Ler Machado para compreender o Brasil de Hoje é o tema da mesa-redonda que será realizada na próxima sexta-feira (19), no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835), após a apresentação do espetáculo Pai Contra Mãe que está marcada para as 21 horas. O debate, que pretende aprofundar os aspectos da obra de Machado de Assis, contará com a presença de Luís Augusto Fischer, Homero Vizeu Araújo e Lúcia Serrano Pereira. O espetáculo Pai Contra Mãe, que está em cartaz no Arena até o dia 28 de novembro, de sexta-feira a domingo, pretende retratar as cicatrizes que a escravidão negra deixou na sociedade brasileira. Com texto de Paulo Brody e Jaqueline Pinzon, a peça é uma adaptação do conto homônimo de Machado de Assis, elaborado a partir de improvisações do grupo. A encenação, que tem no elenco os atores Denizeli Cardoso, Diego Comerlato, Ana Vaccaro, Vítor Antônio e Vanderlei Santos, aborda conflitos relativos aos últimos anos de vigência da escravidão no Brasil. A ação situa-se no Rio de Janeiro, Capital Federal do Império, e apresenta, em situação antagônica, os personagens Cândido Neves (o pai, do título do texto) e Arminda, uma escrava fugitiva (a mãe). A direção do espetáculo está a cargo de Paulo Brody. Os ingressos para o espetáculo custam R$ 10,00 para público em geral. Desconto de 50% para estudantes, idosos e afrodescendentes. Sobre os convidados: Lúcia Serrano Pereira é psicanalista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre e lançou o livro Um narrador incerto - Dom Casmurro entre o estranho e o familiar, na 50ª Feira do Livro. Luis Augusto Fischer, que, em 1995, recebeu da Câmara Rio-Grandense do Livro o Prêmio Amigo do Livro é professor da UFRGS e autor de diversos livros, entre os quais podemos citar: A Rua Desconhecida (2002), Bá, tchê (2000), Dicionário de Porto-Alegrês (1999), Para fazer diferença (1999) e O edifício do lado da sombra (1996). Cronista, ensaísta e contista, Fischer é também doutor em literatura brasileira e tem diversas publicações científicas. Homero José Vizeu Araújo é professor da UFRGS e autor do livro O Poema no Sistema a peculiaridade do antilírico João Cabral na poesia brasileira, pelo qual recebeu, em 2003, o Prêmio Açoriano de Literatura.