Tecnologia para negócios é o mais novo programa no portfólio da Sict
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A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) passa a contar, a partir desta segunda-feira (6/9) , com um novo programa em seu portfólio, o TEC4B – Tecnologia para Negócios. A finalidade é criar Living Labs multiplataforma colaborativos para pesquisa, provas de conceito (PoCs) e desenvolvimento de modelos de negócios intensivos em conhecimento e de alto valor agregado, utilizando tecnologias da informação e comunicação (TIC) inovadoras em ambiente de alta conectividade.
Por meio da criação de living labs voltados para a facilitação do acesso a tecnologias emergentes aos participantes, o TEC4B quer auxiliar no desenvolvimento de soluções em parceria de organizações públicas e privadas, potencializar a formação de capital intelectual capacitado, facilitar a geração de novos negócios de base tecnológica em áreas com alta agregação de valor, gerar economia em escala nos serviços prestados pelo Estado, bem como multiplicar os resultados obtidos por meio da rede Inova RS.
Com ações voltadas à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, o programa tem o objetivo de contribuir para o acesso e utilização das mais recentes tecnologias da informação e comunicação para a evolução e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, favorecendo a melhoria de seus resultados em benefício da economia e da sociedade do Estado. O programa também almeja a qualificação dos serviços prestados ao cidadão, o desenvolvimento do setor produtivo e a promoção da cultura da inovação por meio da aplicação de tecnologias emergentes.
Living labs pelo mundo
Existem experiências de living labs de sucesso implantadas mundo afora. A Rede Europeia de Living Labs, chamada de European Network of Living Labs (EnoLL), foi criada em 2006 e fomenta a interação de laboratórios vivos nos cinco continentes. Atualmente fazem parte da rede 150 living labs ativos.
Portugal - Lisboa
O envolvimento com a Rede ENoLL permitiu que fosse difundida a mentalidade de Living Labs no ecossistema local de inovação aberta de Lisboa, promovendo a criação dos programas Startup Lisboa Tech e o Smart Open Lisboa (SOL). Atualmente, a cidade é uma referência no assunto.
O Startup Lisboa Tech é uma associação privada, sem fins lucrativos, que disponibiliza espaços de escritórios a empresários e empresas, bem como toda a estrutura de apoio. Foi fundado em 2011 e busca apoiar o desenvolvimento e crescimento das empresas incubadas, ajudando-as a atrair clientes e investidores, a escalar e a tornarem-se globais.
O Smart Open Lisboa (SOL), programa de inovação aberta da Câmara Municipal de Lisboa, é focado em inovação e em parcerias. O objetivo é encontrar startups com soluções para os problemas/desafios identificados pelos parceiros e realizar os pilotos dessas soluções na cidade.
A cidade é disponibilizada, como um laboratório de inovação aberta, com equipamentos e espaços públicos. O programa é dividido em SOL Mobility, focado em mobilidade; SOL Housing, no qual são desenvolvidos e testados projetos em torno do imobiliário urbano, e SOL Tomorrow, que é um programa totalmente remoto, focado em fornecer soluções rápidas para desafios sociais e econômicos específicos, os quais a cidade de Lisboa, seus cidadãos e empresas têm de lidar após a pandemia do Covid-19.
Espanha - Santander
Santander também é uma referência no assunto. O Projeto Smart Santander foi idealizado com o objetivo de transformar Santander na primeira cidade europeia integralmente inteligente, oferecer novos serviços aos cidadãos, suportados por tecnologias inovadoras, além de propiciar um cenário real para a testagem de soluções de smart cities.
O projeto promoveu a disseminação em toda área da cidade de dispositivos IoT interconectados, para realização de monitoramento nos serviços de diversos setores da cidade, desta forma, fornecendo informações para a população e governo.
Os setores inicialmente envolvidos foram os de transporte público, incluindo a organização do trânsito e o gerenciamento dos estacionamentos e jardins; o de meio-ambiente e o de instalações públicas, envolvendo iluminação e os demais serviços prestados, de forma que foram disponibilizadas diversos tipos de tecnologias como os pontos de acesso para Wifi, 3G e LTE, micro-controladores, detectores de fumaça e gás, câmeras e GPS.
Brasil
No Brasil, as experiências oficiais com Living Labs são relativamente recentes, destacando-se a ação pioneira do parque tecnológico Porto Digital, sediado no centro histórico de Recife (PE). O Porto Digital pernambucano trabalha como uma plataforma natural para teste e aprimoramento de tecnologias desde 2008, e a principal tecnologia implantada na condição de Living Lab foi o aplicativo “Zona Azul Eletrônica”, responsável por eliminar os “talões de estacionamento'' e a ação de “flanelinhas”.
Destaca-se, também, o Living Lab MS, que é um projeto colaborativo do Sebrae/MS em parceria com 42 instituições públicas e privadas, que tem como objetivo desenvolver ideias inovadoras e startups no Estado do Mato Grosso do Sul (MS).
Inaugurado em junho de 2016, tem como foco o empreendedorismo e a inovação de uma forma disruptiva, tendo como característica ser um laboratório de inovação onde a comunidade apresenta ideias para serem discutidas por meio de mentorias que promovem as conexões entre os atores.
Outros living labs no Brasil: Inova Unicamp Innovation, em Campinas (SP)0; Join.Valle, em Joinville (SC); Living Lab TECPAR; em Curitiba (PR); Living Lab Habitat: em Vitória (ES); Amazonas Living Lab, no Amazonas.
Texto: Ascom Sict
Edição: Secom