Transmissor da dengue é o mesmo da febre amarela
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Mais de 250 pessoas, entre agentes comunitários, de saúde e profissionais de educação, participaram, ontem (19), do curso de capacitação para o combate à dengue, em São Luiz Gonzaga. O grupo ficou sabendo que essa é uma doença de caráter explosivo, ou seja, a gravidade da epidemia vem aumentando a cada ano. Daltro da Fonseca, médico veterinário da Secretaria da Saúde do Estado (SES/RS), alertou que a presença do mosquito Aedes aegypti no Rio Grande do Sul significa dois riscos ao mesmo tempo: transmissão de dengue e reintrodução da febre amarela urbana, um problema a mais na região das Missões, já que ano passado foi constatada a contaminação de macacos no município de Garruchos. O Aedes aegypti entrou no Brasil em 1865, data da primeira epidemia de febre amarela no país, lembrou Fonseca. Ele não descarta a hipótese de o Rio Grande do Sul ter casos de febre amarela antes mesmo da chegada da dengue. O Estado permanece sendo o único em território nacional a não apresentar casos autóctones de dengue (quando a transmissão ocorre no local de origem da vítima). Para a bióloga Carmen Sílvia Gomes, também designada pela SES para ministrar o curso, o controle da dengue deve transcender a área da saúde. Se o trabalho ficar só nessa esfera, o objetivo de manter o Estado livre da estatística de contaminação autóctone não será alcançado. Precisamos ter a população e demais órgãos de Governo engajados nessa luta, observou. Estamos convocando a população para a maior campanha de prevenção e isso é muito mais complexo do que termos um exército para combater a epidemia, acrescentou o veterinário Daltro da Fonseca.