Três Eixos do Desenvolvimento
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Mais crescimento econômico, mais e melhores empregos e uma distribuição mais justa da renda é o que todos querem aqui no Rio Grande do Sul e em qualquer parte do mundo. A diferença entre o desejo e o resultado na maioria das vezes está no planejamento e na persistência no rumo correto. Neste caminho, uma boa orientação é desconfiar de soluções fáceis, sem custos e de resultados imediatos. Com um mês de Governo Yeda Crusius, os três eixos sob os quais estão sendo construídas as principais ações governamentais são exatamente aqueles que a levaram ao Palácio Piratini: 1) ajuste estrutural das contas públicas, 2) modernização da gestão pública, 3) desenvolvimento econômico sustentável. Todos os três eixos apontam para um só resultado: um Estado melhor para se viver. O conjunto inicial de uma série de medidas no eixo do ajuste fiscal é explicado pela necessidade de não se esperar que as dificuldades financeiras se agravem para só depois agir. Aos que chamam essas medidas de “fiscalistas”, é preciso lembrar que combater o déficit fiscal é o caminho para trocar a acumulação de dívidas e o pagamento de mais juros por mais recursos para a educação, saúde e segurança. E quanto mais demoramos para fazer o ajuste, mais demoramos para fazer esta tão esperada troca. Se o eixo do ajuste fiscal procura preservar recursos para demandas de alto impacto social, o eixo da modernização deve se ocupar de transformar estes recursos em mais e melhores serviços públicos. A lógica do duplo planejamento que este Governo executa desde o início é de realizar o ajuste fiscal simultaneamente à preparação de uma nova estrutura pública em que o trabalho com metas e indicadores de resultado e esforços esteja presente em todos os programas prioritários de governo. A responsabilização e a premiação pelo bom desempenho devem estimular um novo serviço público, menos burocrático e com mais iniciativa. Por último, no eixo do desenvolvimento sustentável é preciso estimular vantagens competitivas da economia gaúcha ligadas aos seus invejáveis recursos naturais e humanos. Investimentos em irrigação, armazenagem e controle da sanidade animal e vegetal são exemplos de prioridades para o agronegócio. É preciso, também, aproveitar a qualidade da mão-de-obra e de nossas universidades para promover ao máximo a união entre a pesquisa aplicada e o setor produtivo. A palavra-chave desta união é inovação, ação indispensável para que ganhos contínuos de produtividade ofereçam vida longa e saudável a setores novos e tradicionais da economia gaúcha. Publicado em 6 de fevereiro de 2007, no jornal Zero Hora