Uma delegação chilena integrada por nove representantes de empresas, universidades e do governo foi recebida pelo governador em exercício José Paulo Cairoli. Ela veio pedir apoio político para a construção do primeiro túnel que vai transpor a Cordilheira dos Andes e ligar a Província de Coquimbo no Oceano Pacífico ao estado do Rio Grande do Sul no Oceano Atlântico. O túnel vai ter uma extensão de 14 quilômetros e deve começar a ser construído no final 
deste ano.

O custo é de $ 1,4 bilhão de dólares, 72% vão ser pagos pela Argentina e 28% pelo Chile. O projeto de execução foi elaborado pelo Brasil. Segundo o presidente do Comitê das Rotas de Integração, Joal Teitelbaum, "esse corredor bioceânico central sai da região de Coquimbo e os demais portos no Chile, cruza as províncias do norte da Argentina, entra no Rio Grande do Sul por Uruguaiana e vem a Porto Alegre onde tem duas opções ou via lacustre pela Lagoa dos Patos até Rio Grande ou por via rodoviária pelotas/Rio Grande". 

"Esperamos que este corredor bioceânico contribua para o desenvolvimento econômico dos três países. Por isso, estamos aqui para falar sobre o andamento do projeto e pedir apoio político para conseguir concretizá-lo", destacou o presidente da Comissão de Relações Internacionais do Chile, Alberto Gallardo.

Cairoli disse que "todo o desenvolvimento de um estado cresce junto com sua região. Neste caso, a região que vai até o Chile tem grande repercussão, porque integra o Conesul, trazendo mais crescimento comercial para os países e para o Estado".

Texto: Nilton Schuler 
Edição: Léa Aragón/CCom