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Turistas visitam Museu Arqueológico em Taquara

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Turistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina à procura do templo budista Chagdud Gonpa Brasil, em Três Coroas, estão, neste verão, sendo atraídos para conhecer o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul, em Taquara. Com seus 96 mil metros quadrados de terreno e 2,5 mil de metros quadrados de área construída, o museu, localizado na RS-020, no quilômetro 58, vem recebendo de dez a 20 visitantes por dia nos finais de semana.

Muitos turistas chegam ao Museu em excursões, seduzidos por uma placa doada pelas Faculdades de Taquara, estrategicamente colocada junto à rodovia que sinaliza a presença da instituição cultural nas imediações, podendo ser vista tanto pelos que vêm de Taquara como de São Francisco de Paula.

Visitantes de municípios gaúchos, incluindo Porto Alegre, também vão conhecer o acervo do espaço  que retrata mais de quatro mil anos da presença humana em território gaúcho. Para esses e outros visitantes, o museu está preparando seu calendário cultural de 2004. Um detalhe vai diferenciá-lo das atividades de 2003: as oficinas sobre Arqueologia, História e ciências afins, terão um outro critério de aproximação dos participantes. Elas serão realizadas com grupos por afinidade, seja de idade, conhecimento, interesses comuns ou por temas abordados. A idéia é complementar o conteúdo das salas de aula, aproveitando a abordagem que um professor faça na sua disciplina sobre determinado tema para ampliar o conhecimento da criança ou do adolescente com o contato direto com as peças que ilustram a teoria escolar.

As escolas interessadas em agendar oficinas de arte rupestre e cerâmica poderão fazê-lo a partir de 1º de março. O atendimento às escolas não se esgotará em 2004 nas visitas ao museu e às oficinas. Será estendido às exposições itinerantes que, há muitos anos, vêm sendo oferecidas aos estudantes gaúchos.

Escolas, museus e prefeituras podem receber uma parcela do acervo do Museu. Nela, quatro maquetes em resina reproduzem a cultura dos povos pré-históricos, das grutas, dos sambaquis, das casas subterrâneas e dos aterros. Ao tocar a maquete, o aluno obtém na tela a informação completa da peça que aparece com uma foto, indicando onde ela pode ser encontrada no Museu. O visitante tem acesso a um ambiente de imersão. Se o aluno conhece uma ponta de flecha, mas não uma cumbuca, ele poderá ter interesse de localizar a peça desconhecida no acervo do Museu, com o apoio dessa imersão virtual.

Um projeto cultural elaborado pela equipe do museu já está tramitando junto à Lei de Incentivo à Cultura, devendo passar pela aprovação do Conselho Estadual de Cultura, para captar recursos que os sustentem. Com um valor previsto de R$ 50 mil, prevê a reformulação da biblioteca. Seu antigo espaço no Museu estava situado junto ao prédio do acervo, cujas condições físicas estavam longe de guardar e acolher 762 livros e 892 periódicos. Agora, as obras estão bem localizadas no prédio administrativo, e Solange Martins garante que as publicações podem ser acessadas pelos estudantes e estudiosos de História e Arqueologia com conforto e facilidade. O projeto prevê que o aluno ou professor possa localizar o livro no computador e tê-lo à mão em poucos minutos, além de as verbas que poderão ser obtidas por meio da LIC contemplarem a aquisição de mais 15 livros de Arqueologia e Museologia.

Há um outro projeto que está sendo desenvolvido junto à Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul visa a obter verbas para a preservação e a conservação do acervo tombado do Museu. Solange reconhece que os atuais espaços destinados à guarda do acervo são insalubres e prejudiciais à preservação das peças, muitas das quais registram milhares de anos da trajetória do homem no território do Rio Grande do Sul. As peças, já catalogadas, terão fichas, contendo informações sobre cada uma delas e suas fotos digitais. Serão acondicionadas, segundo as normas de prevenção, em caixas. O programa de informação sobre cada peça ajudará o número da catalogação, a técnica e o material empregados na sua criação. 

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