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Uergs participa de pesquisa científica na Antártica

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Uergs participa de pesquisa científica na Antártica
Embarcação espera pesquisadores que estavam em campo - Foto: Divulgação/ Uergs

A professora Juçara Bordin, da Unidade Litoral Norte-Osório da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), esteve na Antártica participando da pesquisa "Evolução e dispersão de espécies antárticas bipolares de briófitas e liquens". O projeto é financiado pelo CNPq por meio do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e resulta de parceria entre Universidade de Brasília (UnB), Uergs, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além de instituições estrangeiras.

Nesse período, a pesquisadora coordenou o projeto na fase IV da Operantar XXXIII, ficando embarcada a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano, juntamente com mais cinco pesquisadores, incluindo um aluno de graduação e uma doutoranda da UFRGS.

Os pesquisadores estiveram nas ilhas Rei George, Snow, Greenwich, Robert, Nelson, Lautaro, Deception, Livingston, Pinguin, Trinity e Wiencke, navegando também pelo Estreito de Gerlache, até o continente Antártico, onde desembarcaram na Baía Paraíso. Ao longo do trabalho, foram coletadas 1.256 amostras, sendo 847 de briófitas e 407 de liquens.

Algumas das perguntas que os cientistas do projeto querem responder é “Como algumas espécies de briófitas e liquens que ocorrem no Ártico também chegam à Antártica? Será que estas espécies que ocorrem no Ártico e que parecem ser as mesmas que ocorrem na Antártica são, de fato, as mesmas?”

Se forem as mesmas, o próximo passo será tentar descobrir como só existem no Ártico e na Antártica, se esses continentes nunca estiveram unidos nas placas continentais. Isto pode ocorrer porque existiu ou pode existir um complexo de ventos que levam estruturas de reprodução das espécies de um polo a outro, ou porque as espécies têm elos por meio de cadeias montanhosas (como os Andes, por exemplo) ou porque aves migratórias podem ter transportado ou transportam material reprodutivo das espécies.
O projeto terá duração de três anos, sendo este o primeiro ano de trabalho na Antártica.

Texto: Daiane de Carvalho Madruga/ Assessoria de Imprensa Uergs
Edição: Redação Palácio Piratini/ Coordenação de Comunicação 

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