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Última semana de O Brasil dos Gaúchos enfoca a música do Rio Grande do Su

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A semana de encerramento do projeto O Brasil dos Gaúchos, da Secretaria de Estado da Cultura, com Secretaria do Desenvolvimento e dos assuntos Internacionais (Sedai) e Secretaria do Turismo, Esporte e Lazer (Setur), é dedicada à música. As atividades começam quarta-feira (8), e buscam exibir um painel diversificado da atual produção musical do Rio Grande do Sul, com suas várias tendências. O show de encerramento contará com a presença do Secretário de Estado da Cultura, Roque Jacoby, idealizador do projeto, e do sr. governador do Estado, Germano Rigotto. O projeto, que se iniciou no dia 17 de agosto, no Centro Cultural dos Correios, no centro histórico do Rio de Janeiro, busca exibir uma seleção da produção cultural gaúcha atual, também com referências históricas, partindo dos 50 anos de morte do líder político gaúcho e nacional Getúlio Vargas. Até agora, mais de 15 mil pessoas estiveram no CCC para ver as mostras de cartum (com curadoria da Grafar), de artes plásticas (com curadoria do diretor do Margs, Paulo Amaral), de fotografia (com curadoria de Ricardo Chaves) e para ver as produções em vídeo (com curadoria de Gilberto Perin) e de cinema (com curadoria da diretora do Instituto Estadual de Cinema Mariângela Machado), além das palestras e leituras dramáticas de textos teatrais (com curadoria do diretor Luiz Arthur Nunes). Importantes homenagens ígualmente foram realizadas, em nome do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura, a personalidades das artes do Estado, como o cineasta Jorge Furtado, e os atores Paulo César Peréio, Ítala Nandi, Maria Della Costa, Paulo José, Wamor Chagas e Glória Menezes. Todos receberam o troféu Gaúcho Emérito, criação da artista plástica Arminda Lopes. Nomes de destaque da área de literatura (que teve curadoria de Sergius Gonzaga, diretor do Instituto Estadual do Livro) estiveram no CCC na primeira semana do evento: Lya Luft, Moacyr Scliar, Fausto Wolff, Voltaire Schilling, Luis Fernando Verissimo e Letícia Wierchovski estiveram falando sobre seus trabalhos e a atuação dos gaúchos junto ao mercado brasileiro durante uma semana. O debate político igualmente teve vez, com mesa sobre Getúlio Vargas com participação do senador Pedro Simon, do ministro Tarso Genro e do vice-governador Antônio Hohlfeldt. O grande homenageado desta última semana será o compositor e intérprete gaúcho Lupicínio Rodrigues que completaria 90 anos este ano e que será lembrado no show de encerramento, com a gaita ponto de Renato Borghetti e o piano de Geraldo Flach. Programação: 8 a 12 de Setembro - 2004 Auditório do Centro Cultural dos Correios Coordenação Geral: Luiz Carlos Borges e Carlos Eduardo Caramez Quarta-feira, 8 de Setembro - 19h Bebeto Alves No início dos anos 70, mudou-se com a família de Uruguaiana, onde nasceu, para Porto Alegre. Na Capital gaúcha, formou um grupo que se tornou a grande cult band da época: Utopia. Foram anos de shows e experimentos musicais, até chegar à sua primeira gravação, a participação no disco coletivo Paralelo Trinta. Em 1981, gravou seu primeiro disco individual pela antiga CBS e três anos depois, obteve sucesso em nível nacional com a música Quando eu Chegar, que lhe rendeu o prêmio de compositor revelação pela revista Playboy. Até agora, foram 20 discos gravados, trilhas para teatro e cinema, e turnês internacionais. No momento, Uma Louca Tempestade, parceria com Totonho Villeroy, na voz de Ana Carolina, faz parte da trilha sonora da novela Senhora do Destino. Bebeto agora cuida do lançamento do seu novo disco - Blackbagualnegovéio - através do seu selo UPA!, e desenvolve um projeto de disco - com o arranjador e violinista Vagner Cunha - das trilhas sonoras que produziu para teatro,cinema e televisão. Nei Lisboa Iniciou sua trajetória no final dos anos 70, com algumas apresentações nos circuitos universitários. No final de 1979, criou o espetáculo Deu Prá Ti Anos 70. Seu primeiro disco foi uma produção independente viabilizada pela venda de bônus (Prá Viajar No Cosmos Não Precisa Gasolina, lançado em 1983). Um ano depois, lançou Noves Fora. Ao todo, oito discos compõem sua discografia. O mais recente Relógios de Sol, é de 2003; a faixa mais executada do álbum foi a balada Prá te lembrar. Nélson Coelho de Castro Fez sua estréia como compositor em 1975, nas Rodas de Som - projeto de Carlinhos Hartlieb para promover a música feita no Rio Grande. Dois anos depois, duas de suas canções, Rasa Calamidade e Águias, fariam parte do disco Paralelo 30, produzido pelo jornalista Juarez Fonseca. Hoje, soma 29 anos de carreira, cinco discos solo, mais coletâneas e discos com outros artistas. Tem, no currículo, canções como Vim vadiá, Armadilha e Tão bonita voz. No momento, prepara um novo trabalho, que inclui a gravação do CD A Cidade do Lugar Nenhum, premiado espetáculo infantil. Convidado: Totonho Villeroy Suas canções podem ser ouvidas nas vozes de nomes como Maria Bethânia, Ivan Lins, Ana Carolina, Belchior, Moska, Luciana Mello. Entre seus maiores sucessos, Garganta, gravada por Ana Carolina e Sinais de fogo, na voz de Preta Gil. É também autor de temas de novelas e de filmes. Entre os destaques de trilhas nacionais estão os temas dos filmes Amores Possíveis e Sexo, Amor e Traição. Desde 1996, vem produzindo na cidade francesa de Sanary sur mer, o festival Sud a Sul , dedicado à música brasileira e que já levou ao palco da Côte DAzur nomes como Ana Carolina, Bebeto Alves, Carlinhos Brown, Chico César, Elba Ramalho, Fernanda Abreu, Paralamas do Sucesso, Renato Borghetti e Skank, entre muitos outros artistas nacionais. No momento, prepara-se para o lançamento de seu novo CD, em setembro. Uma de suas canções, Uma Louca Tempestade, parceria com Bebeto Alves, na voz de Ana Carolina, integra a trilha sonora da novela Senhora do Destino. Quinta-feira, 9 de Setembro - 19h Adriana Calcanhotto Quando Adriana Calcanhoto surgiu no cenário da MPB, no final dos anos 80, foi saudada como a nova Elis Regina. Gaúcha como Elis, Adriana nasceu em Porto Alegre em 03 de outubro de 1965. Começou como cantora da noite, e foi descoberta cantando em uma churrascaria. Depois de 6 anos e 4 discos, Adriana obteve reconhecimento nacional também como compositora. Tem gravações de compositores como Caetano Veloso, Roberto Carlos, dos Titãs e dela própria. Sexta-feira, 10 de Setembro - 19h Nenhum de Nós (acústico) Em 1994, a indústria fonográfica brasileira ainda não havia se familiarizado com produções de projetos acústicos. Naquele ano, o Nenhum de Nós gravou, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, o álbum Acústico Ao Vivo, que acabou se tornando um dos trabalhos mais vendidos de uma carreira que já soma 17 anos. Daquele ano em diante, anualmente, o quinteto realiza temporadas acústicas em teatros, principalmente nos estados do Sul do país. Nove anos e quatro discos depois, eles lançaram o Acústico ao vivo 2. Somente no ano passado, o quinteto realizou mais de 80 apresentações, e a turnê Acústico 2 segue em 2004 com sucessos que marcaram a carreira do grupo, como Vou Deixar Que Você Se Vá, Da Janela, Você Vai Lembrar de Mim, Paz e Amor, Eu Não Entendo e Amanhã ou Depois, entre outros. Sábado, 11 de Setembro - 19h Os Fagundes Uma grande paixão une Os Fagundes: a música. Bagre Fagundes é o pai de Neto e Ernesto. A gaita (acordeon), as músicas e trovas de Bagre procuram mostrar o aspecto bem-humorado da vida do campo e também da cidade, no Rio Grande do Sul. Bagre, junto com o irmão, Antonio Augusto, é o compositor do maior sucesso da música gaúcha: O Canto Alegretense. Bagre Fagundes, além de cantor, compositor, instrumentista, é advogado. Neto Fagundes, apresentador do programa Galpão Crioulo na RBS TV, mistura a música do sul com ritmos de todo o Brasil. Ernesto Fagundes procura buscar as raízes da música nativista mais autêntica, misturando o ritmo dos tambores através do Bombo Legüero. É o produtor musical de toda a família e também radialista. Antonio Augusto Fagundes (Nico) é respeitado como autoridade em folclore gaúcho, história do RS, antropologia, religiões afro-gaúchas, indumentária do RS, cozinha gauchesca e danças folclóricas. Tem vários discos gravados e livros publicados. Domingo, 12 de Setembro - 19h Borghettinho É um dos raros artistas, em todo do mundo, a dominar a técnica da gaita-ponto (que tem botões em vez de teclas). Toca desde os 10 anos de idade, quando ganhou sua primeira gaita (acordeon) do pai. Com 16 anos, subia profissionalmente a um palco pela primeira vez, num festival nativista. Seu primeiro disco, de 1984, vendeu mais de 100 mil cópias, transformando-se no primeiro disco de ouro da música instrumental brasileira. Ao longo de sua carreira, tem se apresentado não apenas no Brasil, mas também em outros países, como Argentina, Uruguai, Alemanha, França e Estados Unidos. No Brasil, já tocou com artistas do porte de Paulo Moura, Hermeto Pascoal, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Dominguinhos e Sivuca, entre outros. Geraldo Flach Pianista, tecladista, arranjador e compositor, Geraldo Flach iniciou seus estudos de piano aos cinco anos e, aos 14, já era músico profissional, tocando em conjuntos de baile. Na década de 60, no auge da Bossa Nova, montou um trio com a tradicional formação piano/baixo/bateria. Em 1964, recebeu o prêmio de Melhor Solista no II Festival de Jazz e Bossa Nova, evento de caráter nacional. Como compositor, tem músicas gravadas por Elis Regina, Taiguara, Emílio Santiago, Eduardo Conde, Jerônimo Jardim, Renato Borghetti, entre outros. No momento, prepara o lançamento do seu CD solo, Meu piano.
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