Unidade da John Deere vai gerar 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos no RS
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A direção da John Deere anunciou oficialmente, hoje (14) no final da manhã, ao governador Germano Rigotto a decisão de investir US$ 250 milhões no Rio Grande do Sul. A maior parte dos recursos será aplicada em nova unidade da empresa em Montenegro, para produção de tratores. Do total, US$ 80 milhões vão custear obras e equipamentos, US$ 140 milhões ficarão para capital de giro e US$ 30 milhões serão destinados à unidade de Horizontina, onde a empresa mantém sua maior planta na América do Sul e que ficará com a produção de colheitadeiras e plantadeiras. A nova unidade vai gerar 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos. Entre os motivos da escolha do Rio Grande do Sul para sediar a fábrica, a John Deere destacou a geografia privilegiada em relação ao Mercosul, a logística, as vias de acesso a regiões produtoras, a proximidade de infra-estrutura portuária, os fornecedores, os habitantes do Rio Grande do Sul e a qualidade da sua mão-de-obra. Se temos mais tecnologia e instrumentalização, temos mais produção agrícola ajudando a alimentar o mundo, disse Rigotto. Relacionamento O presidente para América do Sul e Caribe da John Deere, Jim Martinez, lembrou que o interesse pela instalação da nova planta se iniciou em novembro de 2002, quando o então governador eleito Germano Rigotto manteve contatos com presidentes de grandes corporações em Washington (EUA). Disse, naquela oportunidade, que teríamos um governo aberto a novos investimentos. Aquele foi o primeiro passo para termos mais uma unidade da John Deere no Estado, salientou Rigotto. Martinez ressaltou o bom relacionamento da empresa com o Estado, onde já emprega 2,7 mil funcionários e conta também com uma unidade de fundição no município de Santo Ângelo. A produção em Horizontina também explica a opção pelo Rio Grande do Sul, afirmou. A unidade de Montenegro deverá começar a produzir na segunda metade de 2006. As obras se iniciam nos primeiros meses de 2005. O investimento contou com incentivos do Fundo de Operação Empresa (Fundopem). Com este investimento, o Estado passará a fabricar 65% da produção de máquinas e implementos agrícolas, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier. Hoje, o RS é responsável por 60% da fabricação nacional do setor. Desenvolvimento A atração de grandes empresas para o Estado foi destacada por Rigotto ao citar a concretização de empreendimentos como a duplicação da GM, Schincariol, Votorantin Celulose e Papel, Aracruz e Toyota. Não houve unidade da Federação que atraísse os investimentos que trouxemos. O que está acontecendo aqui no Rio Grande do Sul é um processo de desenvolvimento que não acontece em outros estados. O Rio Grande do Sul tem características que o diferenciam, explicou. O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, que teve sua atuação nas negociações com a empresa destacada pelo governador, lembrou que Montenegro, apesar de situar-se na Região Metropolitana, encontra-se deprimida economicamente em relação às demais cidades vizinhas. O prefeito do município, Ivan Zimmer, afirmou que Montenegro espera por um investimento como este há 20 anos. Também participaram do ato o diretor de Relações Institucionais da empresa, Gilberto Zago, o diretor-presidente do Banco John Deere, Ralf Sommer, gerentes da empresa, os secretários da Fazenda, Paulo Michelucci, da Administração e Recursos Humanos, Jorge Gobbi, da Cultura, Roque Jacoby, da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Alceu Moreira, os chefes das casas Civil e Militar, Alberto Oliveira e Paulo Roberto Osório, respectivamente, e deputados estaduais.