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Usina de biogás da Ceasa reduzirá em até 75% as emissões de gases de efeito estufa

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As obras da Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos da Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul) estão 52% concluídas, sendo que na próxima semana têm início a colocação do telhado na edificação de alvenaria com 440m² na área do
Usina de biogás da Ceasa reduzirá em até 75% as emissões de gases de efeito estufa

As obras da Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos da Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul) estão 52% concluídas, sendo que na próxima semana têm início a colocação do telhado na edificação de alvenaria com 440m² na área do complexo, na zona norte de Porto Alegre. A previsão de término da obra é em até 45 dias, possibilitando dar início à segunda etapa do projeto de desenvolvimento de uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA, com gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, atendendo os conceitos de smart grid.

O projeto é resultado de uma chamada estratégica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Em 2010, o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, determinando que a partir do ano que vem apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A assinatura do projeto, pelo presidente da Ceasa, Paulino Donatti, com o Grupo CEEE e o Serviço Nacional da Indústria (Senai/RS), por meio do Conselho Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), Escola Senai Nilo Bettanin e pela Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria específica para deteriorar hortigranjeiros, ocorreu nessa terça-feira (22) na Fiergs.

Representando a federação, assinaram o documento o presidente Heitor José Muller e o coordenador do Conselho de Meio Ambiente, Torvaldo Marzolla. Pelo Grupo CEEE, os diretores de Distribuição, Guilherme Barbosa, e de Planejamento e Projetos Especiais, Luiz Antonio Tirello foram os signatários.

A usina dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente à produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes. Além da energia gerada (660 KVA), suficiente para um condomínio com cerca de 250 habitantes, com a usina, que vai ficar dentro da Ceasa, numa área física de aproximadamente 1000m2, não será mais preciso o deslocamento do transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando também a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

Segundo Donatti, a meta com a construção da usina de biogás e, posteriormente, de biofertilizante é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo, com o objetivo de gerar até 30% de seu consumo energético. Outro benefício apontado por ele, além da sustentabilidade, é a contribuição do projeto da Ceasa no acréscimo na matriz energética nacional. Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil, avalia o presidente da central gaúcha.

O valor total do projeto é de R$ 3,37 milhões, sendo destes R$ 2,6 milhões para a compra de equipamentos que serão adquiridos pela CEEE. O restante caberá ao Senai/RS e à Ceasa, responsáveis por implementar a usina desde o fornecimento da área física para a instalação, operação e manutenção, além da provisão do material para o funcionamento, como um triturador para biomassa. A expectativa é de que a unidade esteja funcionando é de dois anos.

Texto e foto: Marisa Ribeiro
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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