As trajetórias dos movimentos sociais negros têm buscado, ao longo da história, a defesa pelo direito à igualdade étnica no Brasil. Nessa luta por reparação e valorização, o povo negro teve conquistas importantes. Ações afirmativas, como cotas em instituições de ensino superior, e o reconhecimento das comunidades quilombolas são algumas delas.

Porém, no dia a dia do país, atitudes de racismo ainda são comuns. Enquanto surgiam manifestações de apoio ao jogador de futebol Tinga, alvo de atitudes racistas durante jogo da copa Libertadores no Peru, repercutia no Distrito Federal o caso de uma manicure negra rejeitada por uma cliente em função da cor da pele. Isso sem citar a reação aos rolezinhos e aos profissionais negros do programa Mais Médicos.

Em uma semana de manifestações racistas que representam o retrocesso na luta contra as desigualdades, onde até parlamentares usaram termos pejorativos para se referir a quilombolas, índios e homossexuais, é preciso discutir esse assunto. E para falar sobre o tema, o programa Frente a Frente desta quinta-feira (20), às 22h, recebe o sociólogo Edilson Amaral Nabarro, vice-coordenador da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Para entrevistá-lo, foram convidados Cristiano Goulart, repórter da Rádio Gaúcha, o jornalista Clóvis Victória Júnior, da Assessoria do Sindicato dos Bancários, e Emir da Silva, integrante do Movimento Negro Unificado e da Executiva Nacional da ANLU - A Nossa Luta Unificada.

O programa, apresentado por Carlos Machado, também é transmitido pela rádio FM Cultura, pela frequência 107,7 ou pela internet, no site www.fmcultura.com.br. O Frente a Frente tem produção executiva de João Brites e Lucas Guarnieri e pode ser assistido em horário alternativo no domingo (23), às 21h, apenas pela TVE.

Texto e foto: Anahy Metz
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305