No segundo dia de South Summit Brazil (10/4), o vice-governador Gabriel Souza participou do painel “Disaster Preparedness: Global Strategies for Mitigation and Adaptation”, que ocorreu no Demo Stage. Prestes a completar um ano da maior enchente da história do Rio Grande do Sul, Gabriel falou da gestão do governo durante a crise e das medidas tomadas para reconstruir o Estado. Em formato de perguntas e respostas, com mediação do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, o painel também contou com a participação do cônsul-geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, Jason Green, e a cônsul-geral da Hungria em São Paulo, Zsuzsanna Laszlo, que também abordaram experiências em seus países. O governo do Estado é correalizador da quarta edição do South Summit Brazil.

A pergunta direcionada ao vice-governador foi sobre como foi a reconstrução imediata após as enchentes e sobre as medidas adotadas após a implementação do Plano Rio Grande. Gabriel Souza fez um breve relato sobre o impacto em quase todo o território gaúcho e sobre o que foi preciso inovar na gestão pública para um Estado mais resiliente às crises meteorológicas. “Menos de um ano atrás, aqui onde nós estamos, no Cais, estava debaixo d’água. E isso era o cenário em 95% do nosso Estado. Perdemos muitas vidas. Casas, hospitais, infraestruturas públicas e privadas foram destruídas. Com isso, rapidamente criamos o Plano Rio Grande, que é o nosso norte para a reconstrução do Rio Grande do Sul”, explicou.

Gabriel destacou que a reconstrução das estruturas afetadas pelas enchentes está sendo feita de acordo com projetos que visam à resiliência e com olhar no futuro. “Pontes, estradas e prédios precisam ser adaptados para a iminência de novas situações, como a do ano passado. Nosso Estado é situado num ponto onde ocorrem muitos eventos meteorológicos. Falamos aqui das cheias, mas hoje vivemos a quarta estiagem seguida, que assola as lavouras gaúchas”, relembrou.

O vice-governador ainda destacou que, por mais que o governo reúna esforços para auxiliar empreendedores, comerciantes e indústrias e possa fornecer novas residências a quem perdeu tudo, o gestor público não tem o poder de devolver o lar às famílias. “A gente sabe que nosso alcance é limitado. As pessoas perderam suas lembranças, perderam fotos, objetos que tinham uma história. Podemos devolver casas, mas não os lares das pessoas”, afirmou. Nesse sentido, o vice-governador destacou as políticas sociais do governo do Estado para incentivar o recomeço daqueles que foram atingidos pelas cheias e precisaram ficar em abrigos.

A cônsul da Hungria abordou a transição energética no país, apresentando dados que demonstram a preocupação da nação – e da Europa como um todo – com o consumo de fontes de energia renovável. Ela destacou a presença do país na iniciativa Green Energy Corridor, que propõe a expansão da energia verde no sul da Europa. “Eu diria que há muito o que fazer quando falamos de resiliência climática, mas, falando dos pontos altos de 2024, percebemos que a Hungria teve um progresso significativo”, disse Zsuzsanna Laszlo. A cônsul também prestou solidariedade ao Rio Grande do Sul e parabenizou a condução do Estado na reconstrução e reestruturação das localidades mais afetadas.

O cônsul-geral dos Estados Unidos falou sobre a experiência após o furacão Katrina, que vitimou mais de 1.800 pessoas nos Estados Unidos, e as ações de preparação que o país coloca em prática para mitigar os efeitos de possíveis desastres meteorológicos. “Localidades como Nova Orleans e Carolina do Norte têm o objetivo de aprender boas práticas de resposta a desastres como furacões e enchentes e, também, como comunicar essas emergências”, explicou Jason Green.

Nesta quinta-feira (10/4), o vice-governador ainda participou da final do HackaTchê, competição de projetos de inovação entre escolas da Rede Estadual.

Acompanhe ao vivo a programação completa do RS Innovation Stage no South Summit Brazil 2025:

• Quinta (10/4)
• Sexta (11/4)

_{Texto: Dayanne Rodrigues/Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom}