Vídeoconferência prepara Encontro Ibero-americano de Conselhos Econômicos e Sociais
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Uma videoconferência preparatória ao I Encontro Ibero-americano de Conselhos Econômicos e Sociais foi realizada nesta quinta-feira (03), em Porto Alegre, contando com a participação de seis países visando o evento acontecerá de 1º a 3 de dezembro na Capital gaúcha.
Representantes da Argentina, Brasil, Costa Rica, México, República Dominicana, Venezuela, entre outros, falaram de suas experiências com os processos de diálogos e concertação e a expectativa do debate. A função da ibero-américa na governança mundial e o papel da sociedade civil na governança foram os temas centrais dos participantes.
O secretário-executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris integrou a reunião, e informou da abertura das inscrições gratuitas para a atividade, que podem ser feitas por meio do site www.iberoamericaces.rs.gov.br. O encontro é realizado pelo Governo gaúcho, com organização dos conselhos do Brasil, Espanha, Portugal e da Secretaria-Geral Ibero-americana.
O professor da Universidade do México, José Morales, que estuda a função dos conselhos, coordenou o diálogo e acentuou a importância do debate que ocorrerá no próximo mês. A associação de conselhos em grande escala por contribuir na solução de questões importantes com a participação de toda a sociedade. O encontro vai aglutinar estas experiências num momento em que sabemos que a América Latina também é vista como um continente da esperança, declarou.
Rede de interesses regionais comuns
Entre as propostas colocadas na reunião desta quinta está o debate para a formação de um Conselho Latino-americano ou Ibero-americano, que debata questões comuns aos países integrantes, adiantou Marcelo Danéris. Ficou claro no diálogo de hoje o entendimento que a participação social no nosso tempo, num processo de diálogo e busca de concertação é estratégica para que estados e governos democraticamente eleitos possam responder com programas de desenvolvimento e políticas públicas aos desafios do crescimento econômico, integrado à inclusão social e que ao mesmo tempo responda a uma ação ambientalmente sustentável.
O secretário gaúcho apresentou o desafio de analisar e entender os aspectos da crise econômica e da ampliação da participação da sociedade civil, mesmo de modo informal como nas redes sociais. É preciso integrar a participação da sociedade civil através destes instrumentos de participação, destas ferramentas como alternativas democráticas para buscar caminhos de nosso tempo, diferente das soluções autoritárias de outros momentos de crise políticas econômicas, que conhecemos na história e em especial da América Latina.
Instrumentos de concertação supranacionais
O presidente da Fundação de Desenvolvimento de Ciências e Métodos de Governo, o argentino Luis Babino, disse que é importante aproveitar este bom tempo da realidade Latino América para propor alianças, unir-se em rede, ampliando o trabalho de cada um para nutrir estratégias comuns.
O também argentino Rodolfo Borghí, do Instituto Universitário Ciências da Saúde, acentuou que é importante trabalhar estes canais. Estas iniciativas são boas e positivas. Temos diferenças, mas temos coisas comuns a buscar. Tanto entre governos nacionais, estaduais e a sociedade civil para promover diálogos intermediários e construir conhecimento colaborativo, compreendendo as novas relações sociais.
Ele analisou que há muitos fluxos e anseios que não são governados por nenhuma política, por nenhuma liderança local e que podem estar organizadas de forma supranacional. Os Estados Nacionais podem se converter em plataformas colaborativas para os habitantes latino-americanos.
Segundo Borghí, os governos locais devem ter dispositivos de escuta, de participação cidadã. Estamos tratando de pensamento e formação e ir pensar a América Latina de modo colaborativo e não hierárquico, mas pensar de forma aberta e transparente. É hora de abrir os governos. E os conselhos são formas de governo necessários para dialogar tanto em ciclos positivos como negativos, concluiu.
Texto: Stela Pastore
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305