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Vigilância Sanitária alerta para perigos no uso de formol em cosméticos

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A Secretaria da Saúde faz um alerta, diante do número de problemas ocorridos com pessoas que utilizam a escova progressiva, que tem como base o formol: estes produtos devem ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A responsável pelo setor de Cosméticos e Saneantes da Vigilância Sanitária do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a engenheira química Lucinda Barbieri, explica que os usuários devem estar atentos ao perigo de se consumir cosméticos sem identificação. “Os salões de beleza têm a obrigação de informar ao cliente sua procedência”, avisa a técnica. “O formol é uma substância que pode levar à morte.” Nas ações promovidas pelo setor, no ano passado, foram interditadas três empresas que fabricavam e comercializavam produtos alisantes à base de formol. Em 2007, nas empresas inspecionadas até o momento, não foram encontradas irregularidades referente à utilização de produtos à base de formol. As vigilâncias sanitárias municipais são responsáveis pela fiscalização nas estéticas e salões de beleza. As coordenadorias regionais de Saúde distribuem cartilhas, confeccionadas pela Anvisa, com dicas, cuidados, precauções e orientações quanto ao uso correto dos produtos. De acordo com a Agência, o formol é usado em produtos de higiene pessoal e cosméticos, como conservante. A concentração máxima permitida é de 0,1% para produtos de higiene oral e de 0,2% para outros produtos cosméticos e, excepcionalmente, para endurecimento de unhas na concentração até 5% . A técnica do Cevs lembra que a substância é tóxica quando inalada , provocando coriza, falta de ar, tosse e dor de cabeça e em contato com a pele pode causar irritação, coceira, queimadura e queda do cabelo. A longo prazo, adverte, poderá acarretar cancêr na boca, pulmão, traquéia. Ela alerta que “um dos maiores prejudicados, sem saber, é o cabeleireiro, pois ele inala o produto umas 15 a 25 vezes por dia, ou seja, a cada aplicação”. Em caso de dúvida, a população pode procurar o órgão de Vigilância Sanitária de sua cidade ou ligar para Disque Vigilância do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, através do número 150. A Divisão de Vigilância Sanitária Estadual está estruturada em três núcleos: Núcleo de Vigilância de Produtos (Alimentos, Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, Sangue); Núcleo de Vigilância de Estabelecimentos de Saúde (Estabelecimentos de Saúde e Controle de Infecção em Estabelecimentos de Saúde) e o Núcleo de Vigilância de Tecnologias em Saúde (Radiações e Produtos de Interesse à Saúde- Correlatos). A Vigilância fiscaliza anualmente em média 4.500 estabelecimentos, através do nível central e Coordenadorias Regionais de Saúde. Promove também capacitação para suas regionais e os municípios do estado.
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