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Andres vai à Argentina tratar de Garabi e do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre

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O Grupo de Trabalho Interestadual (GTI) formado para viabilizar a Usina Hidrelétrica Binacional de Garabi será instalado nesta terça-feira (15), em Buenos Aires, na Argentina, com o encontro do secretário estadual de Energia, Valdir Andres, e do secretário de Energia da Argentina - cargo equivalente ao de ministro no Brasil-, Daniel Cameron. Esta será a primeira reunião de trabalho do GTI após a sua criação, em Porto Alegre, no mês de janeiro, com a presença dos governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, Corrientes, Ricardo Colombi, e Misiones, Carlos Rovira. Além disso, Andres vai tentar assegurar o fornecimento de gás argentino para o Brasil, o que viabilizaria a conclusão do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, com 550 quilômetros de extensão, cortando o Rio Grande do Sul de Leste a Oeste. Vamos solicitar ao secretário de Energia argentino, Daniel Cameron, a garantia contratual do fornecimento de 4,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás, diz Andres. O presidente da Ebisa (a Petrobras argentina), Hermínio Sbarra, o presidente da Sulgás, Artur Lorentz, e o presidente da CEEE, Antonio Brites Jaques, também estarão presentes no encontro de Andres e Cameron. Na pauta sobre Garabi serão debatidos a definição de um marco regulatório do empreendimento, os parâmetros legais e os critérios para licitação da obra, prevista para ocorrer em 2006. A Usina de Garabi é a obra mais importante do Estado nos últimos 40 anos, com investimento previsto de US$ 2 bilhões e criação de 10 mil empregos diretos, 30 mil indiretos e mil permanentes, afirma Andres. A usina deve ser erguida no rio Uruguai, no município de Garruchos, no noroeste gaúcho. A capacidade instalada de geração de energia será de 1800 megawatts (MW), aproximadamente a metade do consumo médio atual do Rio Grande do Sul, informa o secretário. Gasoduto Aguardada há pelo menos cinco anos, a ampliação do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, que já tem 25 quilômetros construídos em cada uma das pontas entre a usina térmica (UTE) a gás de Uruguaiana e o Pólo de Triunfo, prevê um investimento de US$ 300 milhões. A expectativa de Andres é que, se o gás for assegurado, as obras de conclusão do empreendimento possam começar no mês de julho, com término calculado em 18 meses. Além dos US$ 300 milhões para o gasoduto, serão necessários mais U$ 200 milhões para a implantação de uma UTE de 500 MW em Triunfo. Essa usina, que terá investimento privado, com interessados já garantidos, será a âncora do gasoduto, explica o secretário. Andres fala que, atualmente, a capacidade de atendimento de gás natural no Estado está no seu limite. Somente com a conclusão do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre poderemos ampliar nosso atendimento, alcançando praticamente todo o Rio Grande do Sul, frisa. O secretário ressalta ainda que o gás argentino é cerca de 40% mais barato que o gás boliviano. Poderemos oferecer preços bastante atrativos aos consumidores, conclui. Saiba mais sobre o Gasoduto - Em 1999, entrou em operação o consórcio Transportadora Sul-Brasileiro de Gás (TSB), integrado por Repsol YPF (Argentina), Petrobras, Ipiranga e Tecgas. Cada um desses sócios tem 25% na TSB para a implantação do gasoduto e transporte do gás. - Em fevereiro do ano passado, em Buenos Aires, foi realizado o primeiro encontro para tratar do gasoduto. Na UTE âncora de Triunfo, o governo do Estado será parceiro - a CEEE terá 20% e a Sulgás, 3% do controle.
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