Uma política que busque a garantia da qualidade da educação pública inclui a valorização dos professores. O governo do Estado tem feito esforços para recuperar a rede de educação, com ações em todas as frentes: da recuperação de espaços escolares à retomada da recuperação salarial dos professores, passando por uma política de formação sólida e pela reestruturação curricular do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com perspectiva de iniciar, em 2014, a implantação de novo currículo nas escolas do campo.

Desde 2011, investimos cerca de R$ 300 milhões em obras escolares. A educação profissional recebeu aporte de recursos que superam os R$ 35 milhões somente em 2013. Podemos afirmar que nenhum educador da rede recebe menos do que o piso nacional e que todos os professores receberão, até 2014, 76,6% de reposição, o que significa 50% de aumento real - o maior reajuste real concedido aos professores em 40 anos.

Hoje estamos em ascensão em todos os aspectos: currículo, introdução de novas tecnologias, recuperação física das escolas e valorização profissional. A curva descendente da educação gaúcha foi interrompida. Reafirmamos o nosso respeito aos educadores e o nosso compromisso com a educação pública de qualidade, democrática e para todos.

No entanto, um debate sobre o financiamento da educação precisa ser colocado para a sociedade. Se, como nação, queremos educação pública de qualidade, será preciso arcar com o financiamento do poder público, da mesma maneira que fizeram os países que hoje são lembrados para exemplificar sucesso educacional, que fizeram investimentos vultosos em longo prazo.

Além dos recursos do Pré-Sal, é preciso garantir fontes permanentes, previsíveis e mensuráveis para financiar a educação nacional. É hora de um compromisso verdadeiro com a educação. Esse compromisso passa necessariamente por priorizar o debate sobre o financiamento, pois qualidade está diretamente relacionada a investimento.

Jose Clovis de Azevedo
Secretário da Educação/RS