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Audiência pública busca soluções para a violência no trânsito

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PORTO ALEGRE, RS, BRASIL 24.05.2018: O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Cetran RS) promove, nesta quinta-feira (24), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre, audiência pública para coletar junto à comunidade da
Governador disse que "poder público deve fazer a sua parte. Mas a conscientização é fundamental" - Foto: Karine Viana/Palácio Piratini

Qual é o trânsito que você quer? Para responder a esta pergunta e tentar reduzir o número de acidentes e mortes nas estradas e ruas do estado, o Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Cetran RS) promove audiências públicas em cidades gaúchas. Nesta quinta-feira (24), foi a vez de Porto Alegre. Santo Ângelo e Caxias do Sul já tiveram e, até julho, Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo também sediam o encontro. Com entrada gratuita, a proposta é reunir autoridades municipais e estaduais, entidades do setor, pesquisadores e a população para que, juntos, façam um diagnóstico dos principais problemas e apontem melhorias.

O governador José Ivo Sartori e o vice-governador José Paulo Cairoli participaram do encontro na capital, no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff). Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran RS), foram 1.741 mortes no Estado em 2017, o que dá uma média de cinco por dia. Houve uma redução importante em relação a 2014, quando 2.023 pessoas perderam a vida. Mas, como destacou o governador, os números ainda são muito altos. Sartori disse que fez questão de estar presente na abertura da reunião por causa da importância do assunto.

“Acreditamos que o poder público deve fazer a sua parte. Mas a conscientização é fundamental. Precisamos ter em mente que todas as nossas ações e reações estão interligadas. No trânsito, no governo e na vida, a decisão de cada um interfere na vida do outro. Por isso, não podemos diminuir nossa responsabilidade como motoristas e pedestres. Não podemos aceitar que, nos dias de hoje, a única estratégia eficaz seja o ataque ao bolso dos maus motoristas. A reeducação de condutores e pedestres deve passar obrigatoriamente pela educação, boa convivência, respeito mútuo e valorização da vida. O futuro que queremos para as próximas gerações começa agora, com nossas atitudes e exemplos”, disse o governador.

Para o presidente do Cetran RS, Luiz Noé, a audiência pública promove uma discussão entre dois pilares fundamentais: a educação e a fiscalização. “A finalidade desse evento é como a gente constrói esse pacto com a sociedade. As pessoas não podem mudar o comportamento só porque a lei cobra. As pessoas têm que mudar o comportamento porque acham que aquilo é bom para elas e para a sociedade onde vivem”, afirmou.

O Brasil tem um Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, que pretende tratar o tema como uma ação de Estado. A lei que criou o plano foi proposta pelo então deputado federal Beto Albuquerque, que também estava no evento. “Atualmente, estima-se que 140 pessoas morram por dia no país em acidentes de trânsito. Isso considerando apenas as mortes no local do acidente. É uma guerra, temos que enfrentar juntos. A lei é um grande passo. Mas só vai funcionar se o poder público e sociedade derem as mãos”, disse Albuquerque. A meta é reduzir pela metade, em 2028, o índice de mortes na comparação com 2018.

Além dos encontros presenciais, a população pode participar pela internet, no site Qual é o trânsito que você quer?, onde é possível participar de uma pesquisa, respondendo a cinco questões. Assim, o cidadão pode ajudar a traçar o diagnóstico do trânsito no estado. Em agosto, o Cetran RS vai encaminhar os resultados ao Conselho Nacional de Trânsito. A partir do levantamento, o órgão vai traçar as metas para o período de setembro deeste ano a setembro de 2019. O documento final deve ser divulgado durante a Semana Nacional de Trânsito, que ocorre entre 18 e 25 de setembro.

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Audiência pública discute formas de tornar o trânsito mais seguro

Audiência pública discute formas de tornar o trânsito mais seguro Crédito: Governo do Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, o Pnatrans é coordenado pelo CetranRS, com apoio do DetranRS, Comando Rodoviário da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, Federação das Associações de Municípios do RS, Associação Gaúcha de Municípios, União dos Vereadores do RS, Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e Instituto Zero Acidente.



Texto: Vanessa Felippe
Edição: Léa Aragón/ Secom

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