A elaboração de projetos de engenharia para a Avenida do Litoral está incluída no convênio assinado pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que teve liberados R$ 500 mil na última semana. Com isso, a avenida multimunicipal que foi proposta pela Metroplan no início do atual governo é beneficiada com a duplicação da BR 101, já que ambas se inserem na Aglomeração Urbana do Litoral Norte. Vamos somar esforços e atuar de forma conjunta neste programa de ordenamento territorial, beneficiando a população dos municípios existentes na região, disse o diretor de Gestão Territorial da Metroplan, Luiz Carlos Valdés Flores. O convênio entre os dois órgãos disciplina o uso e a ocupação do solo na área impactada pela duplicação da rodovia federal, compreendendo, por exemplo, a conclusão dos planos diretores dos municípios da área de influência direta e indireta da BR 101, o uso do solo ao longo da rodovia, em uma faixa de 200 metros, a partir dos limites da faixa de domínio, e, ainda, os projetos da Avenida do Litoral correspondentes a uma extensão de 25,9 quilômetros. A extensão total da Avenida do Litoral é de 140 quilômetros, de Palmares do Sul a Torres. Os estudos de concepção desses 140 quilômetros, passando por 11 praias, já estão prontos na Metroplan, integrando trechos ora da RS 786 e ora da Avenida Paraguassu. Os 25,9 quilômetros incluídos no convênio Metroplan/Dnit se estendem entre Osório, Capão da Canoa e Terra de Areia. Os três municípios foram priorizados porque já se ligam por rodovias com a BR 101, estando, portanto, sob sua influência direta. Caminho certo Em maio deste ano, a Metroplan e a empresa Engeplus Engenharia e Consultoria assinaram contrato para a execução do projeto de engenharia referente aos trechos de Osório, Capão da Canoa e Terra de Areia. O custo é de R$ 389,9 mil. Conforme o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Vilmar Furini, a Avenida do Litoral está no caminho certo, em fase de planejamento, de produção de projetos de engenharia e de busca de recursos para sua viabilidade. O investimento previsto para a implantação da avenida é de R$ 100 milhões. O convênio Metroplan/Dnit é a contrapartida do Estado no rastro da duplicação da BR 101 e pelo que ela significa para a consolidação da Aglomeração Urbana do Litoral Norte. Onze municípios serão interligados pela Avenida do Litoral, segundo o coordenador de Projetos e Obras da Metroplan, Francisco Mota: de Sul para Norte são Palmares do Sul, Pinhal, Cidreira, Tramandaí, Imbé, Osório, Xangri-Lá, Capão da Canoa, Terra de Areia, Arroio do Sal e Torres. O projeto da avenida nasceu de uma proposta preliminar da Metroplan, que evoluiu para o debate com as prefeituras e com a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte). Ligação interna Tratou do resgate das funções da antiga Interpraias, que interliga todos os balneários como uma via de ligação interna, atravessando áreas de grande densidade habitacional. Como inclui trechos bem próximos ao mar, sempre foi muito utilizada pelos veranistas, mesmo depois da inauguração da Estrada do Mar, esta mais afastada da área residencial e do comércio. Os estudos da Avenida do Litoral levam em conta os aspectos ambientais, econômicos e sociais. No trecho Arroio do Sal-Torres, por exemplo, existe o Parque Estadual de Itapeva, estando em consideração a oportunidade de uma estrada-parque atravessando a área. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao censo de 2000, a população fixa do Litoral Norte era de 192 mil habitantes. Entretanto, na temporada de veraneio, que vai de dezembro a março, o contingente populacional chega a 2 milhões de pessoas. O consenso, segundo a Metroplan, é que a consolidação da Avenida do Litoral trará um desenvolvimento econômico e social significativo para todo o Litoral Norte.