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Bacia de Pelotas pode ser explorada até 2010

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A Bacia de Pelotas, que vai de Florianópolis ao Chuí, no litoral Sul, é umas das principais apostas da Petrobras no esforço de manter a auto-suficiência de petróleo para o Brasil. A garantia é do gerente-geral de Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa do Cil da empresa, Mário Carminatti, que palestrou nesta sexta-feira (24), pela manhã, no “Fórum de Energia”, promovido pela Secretaria Estadual de Energia, Minas e Comunicações. Segundo ele, a Petrobrás já investiu quase 100 milhões de reais nos estudos referentes à Bacia de Pelotas. A exploração pode começar no prazo de quatro anos. Dos seis blocos adquiridos pela empresa, esperamos explorar pelo menos um poço, a mais de 6 mil metros de profundidade”, afirmou. Carminatti revelou que a maior possibilidade é encontrar óleos leves (para produção de gasolina, por exemplo) e gás natural. “Em dois anos teremos uma idéia clara do potencial da Bacia de Pelotas. A partir disso, a exploração poderá iniciar imediatamente”, salientou. O recolhimento do material sísmico, que será feito daqui dois anos, terá investimento de 10 a 20 milhões de reais e a exploração de um poço envolve de 30 a 40 milhões. “A nossa expectativa é encontrar uma reserva considerável. Só isto justificará a exploração do local”, avisa. Carminatti ainda explicou o avanço forte da Petrobras sobre outras fontes de exploração de petróleo, como a Bacia de Pelotas. Ele disse que, este ano, a empresa triplicou o investimento médio que ficava em torno de 350 a 400 milhões/ano em exploração de petróleo. E anunciou que, nos próximos anos, a Petrobrás atingirá até 1 bilhão de reais em exp-loração de novas reservas no País. “Antes, 80% da exploração de petróleo estava concentrada na Bacia de Campos. Hoje, 30% já está na Bacia de Santos”, destacou. A Bacia do Espírito Santos e a Bacia Equatorial (de Rondônia ao Amazonas) são outras frentes novas buscas pela empresa. O gerente da Petrobras ainda revelou a existência de uma das maiores reservas do mundo de hidrato de gás (semelhante ao gás metano), numa extensão de 20 mil quilômetros quadrados, na Bacia de Pelotas. “Ainda não há tecnologia no mundo que transforme este insumo em energia. Mas os japoneses estudam uma alternativa com este objetivo. Pode ser importante no futuro”, acrescentou. Até 2010, a Petrobrás pretende alcançar reservas de 16 bilhões de barris. Hoje, o estoque está em 13,2 bilhões de barris, para um consumo de 5,3 bilhões de barris.
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